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21/07/2001
-
03h01
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Uma gravação de uma conversa telefônica, feita no começo de 1998, envolveria diretamente o presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), no esquema de fraudes da extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia).
No diálogo, publicado pela revista "IstoÉ", o deputado estadual Mário Frota (PDT-AM) informa ao empresário David Benayon que Jader exigiria US$ 5 milhões para a liberação de um financiamento de US$ 40 milhões. O empréstimo foi liberado para a empresa de Benayon, a Mazonbec, produzir artefatos de borracha. Mas o projeto nunca saiu do papel, segundo a revista.
A voz de Frota é a única que aparece na gravação, indicando que não houve grampo telefônico -as gravações poderiam ter sido captadas na sala do deputado.
"Rapaz, eu estive lá em Brasília e conversei pessoalmente com Jader. Ele não abriu mão em nada e quer US$ 5 milhões para resolver o seu problema. A garantia que ele deu é que o dinheiro sai de qualquer jeito, depende mais de você do que dele", teria dito Frota, segundo as transcrições. O negócio seria fechado no dia seguinte, em reunião com Jader.
Benayon teria prometido financiar a campanha em que Frota se elegeu, em 1998.
O deputado disse à Folha que a acusação de que teria pedido propina em nome de Jader é "absurda". "Durante meu período como chefe do escritório da Sudam em Manaus, nunca consultei ou informei Jader sobre projeto nenhum", afirmou Frota.
Segundo ele, a fita é uma "armação". Ele responsabilizou o governador Amazonino Mendes (PFL-AM), seu adversário político, pela divulgação da suposta conversa. Mais tarde, em telefonema a Jader, repetiu a versão.
Ex-deputado federal pelo antigo MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Frota diz que seu passado político, "de luta contra o regime militar", atesta sua inocência. "A população de Manaus sabe diferenciar qual político tem a ficha limpa", disse.
O deputado vai conversar com seus advogados hoje para decidir que medidas judiciais tomará. Ele deve pedir perícia na fita.
Jader se mostrou surpreso ao saber da reportagem, que considerou "absurda". Disse não ter "intimidade" suficiente com Frota para que o deputado usasse os termos da gravação divulgada. Afirmou que Frota é tido como político "ético", aliado do senador Jefferson Péres (PDT-AM).
Gravação acusa senador de cobrar propina em negociação com Sudam
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Uma gravação de uma conversa telefônica, feita no começo de 1998, envolveria diretamente o presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), no esquema de fraudes da extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia).
No diálogo, publicado pela revista "IstoÉ", o deputado estadual Mário Frota (PDT-AM) informa ao empresário David Benayon que Jader exigiria US$ 5 milhões para a liberação de um financiamento de US$ 40 milhões. O empréstimo foi liberado para a empresa de Benayon, a Mazonbec, produzir artefatos de borracha. Mas o projeto nunca saiu do papel, segundo a revista.
A voz de Frota é a única que aparece na gravação, indicando que não houve grampo telefônico -as gravações poderiam ter sido captadas na sala do deputado.
"Rapaz, eu estive lá em Brasília e conversei pessoalmente com Jader. Ele não abriu mão em nada e quer US$ 5 milhões para resolver o seu problema. A garantia que ele deu é que o dinheiro sai de qualquer jeito, depende mais de você do que dele", teria dito Frota, segundo as transcrições. O negócio seria fechado no dia seguinte, em reunião com Jader.
Benayon teria prometido financiar a campanha em que Frota se elegeu, em 1998.
O deputado disse à Folha que a acusação de que teria pedido propina em nome de Jader é "absurda". "Durante meu período como chefe do escritório da Sudam em Manaus, nunca consultei ou informei Jader sobre projeto nenhum", afirmou Frota.
Segundo ele, a fita é uma "armação". Ele responsabilizou o governador Amazonino Mendes (PFL-AM), seu adversário político, pela divulgação da suposta conversa. Mais tarde, em telefonema a Jader, repetiu a versão.
Ex-deputado federal pelo antigo MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Frota diz que seu passado político, "de luta contra o regime militar", atesta sua inocência. "A população de Manaus sabe diferenciar qual político tem a ficha limpa", disse.
O deputado vai conversar com seus advogados hoje para decidir que medidas judiciais tomará. Ele deve pedir perícia na fita.
Jader se mostrou surpreso ao saber da reportagem, que considerou "absurda". Disse não ter "intimidade" suficiente com Frota para que o deputado usasse os termos da gravação divulgada. Afirmou que Frota é tido como político "ético", aliado do senador Jefferson Péres (PDT-AM).
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