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17/08/2001 - 12h40

Tuma ouvirá Gros e Coêlho sobre caso Banpará na terça

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

Estão marcados para a próxima terça-feira, às 17h, os depoimentos do ex-presidente do Banco Central Francisco Gros e do procurador-geral da instituição, José Coêlho Ferreira.

A data foi confirmada pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP). Gros e Ferreira deverão explicar aos integrantes da comissão especial do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar o relatório elaborado em 1992 sobre irregularidades no Banpará (Banco do Estado do Pará).

O documento inocentava o presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), de ter se beneficiado com recursos públicos desviados do Banpará. O BC analisou o período de 1984 a 1985, quando Jader era governador do Estado.

Tuma informou que os depoimentos serão tomados separadamente, em sala reservada e sem a presença de imprensa e do público. Apenas os integrantes da comissão especial ouvirão os depoentes.

Segundo Tuma, os critérios foram adotados "para evitar constrangimento entre os convidados". Gros deverá depor acompanhado por outros técnicos do BC que participaram da elaboração do relatório.

O relatório de 1992 é uma das principais peças da defesa de Jader Barbalho. Ele tem procurado desqualificar um outro relatório, feito pelo inspetor do BC, Abraão Patruni Júnior, que apontou o senador como beneficiário de recursos desviados do Banpará, depositados em um fundo de investimento no Banco Itaú e transferidos posteriormente para o Citibank.

De acordo com o relatório de Patruni, Jader teria embolsado R$ 7,158 milhões em resgates das aplicações no fundo.

Além dos depoimentos sobre o caso Banpará, a próxima semana também deverá ter desdobramentos das investigações sobre o caso das TDAs (Títulos da Dívida Agrária). Tuma deverá realizar a acareação entre o banqueiro Serafim Rodrigues de Moraes, sua atual mulher, Vera Arantes Campos, e o subprocurador-geral da república aposentado, Gildo Ferraz.

Eles teriam afirmado que Jader recebeu um cheque usado na compra de TDAs quando ocupava o cargo de ministro da Reforma Agrária, em 1988.

Segundo Tuma, Jader só deverá prestar depoimento na última etapa dos trabalhos da comissão, que deverá entregar o relatório final até o dia 3 de setembro.

Leia mais no especial Jader Barbalho
 

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