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21/08/2001
-
02h41
da Agência Folha, em Manaus
da Folha de S. Paulo, em Brasília
Pauderney Avelino, vice-líder do PFL na Câmara, e o secretário de Obras do Amazonas, João Coelho Braga, foram convocados ontem pela Polícia Federal para prestar depoimentos, em Manaus. Os dois foram citados por Nivaldo Marinho, ex-assessor do deputado Mário Frota (PDT-AM), como responsáveis pela montagem de uma gravação para envolver o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) em uma cobrança de propina fictícia.
Pauderney tem imunidade parlamentar e pode escolher a data do depoimento. Braga será ouvido na quinta-feira.
O caso da trama com a gravação veio à tona na quarta passada, quando Marinho disse à PF que ganhou R$ 12 mil para imitar, a pedido de Pauderney e Braga, a voz de Frota no telefonema. No diálogo, Frota exigia, em nome de Jader, US$ 5 milhões ao empresário David Benayon para liberar um financiamento da Sudam à empresa Amazonback.
Marinho disse que tratou com Pauderney e Braga como intermediários do governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL), inimigo político de Frota e aliado de Jader. Ontem, Pauderney admitiu que sabia da existência da fita, mas negou sua participação e complicou a situação de Braga. Disse que Marinho lhe ofereceu a fita no começo do ano em um encontro na praia. Ele não teria demonstrado interesse, mas pegou o telefone do ex-assessor. "Depois de algum tempo, e sabendo que a atitude dele (Marinho) era para detonar o Mário Frota, eu conversei com o deputado Washington Régis (PL) e o Braga. Passei a eles o telefone do Marinho e não tomei mais conhecimento de nada, nem do teor da fita", disse.
Braga e Régis não foram localizados pela Folha. Jefferson Coronel, secretário de Comunicação, sinalizou que a situação de Braga é complicada no governo.
A deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) pediu que a corregedoria da Câmara investigue a suposta participação de Pauderney no caso. A investigação pode levar à abertura de processo de cassação do mandato dele por falta de decoro.
Secretário e deputado devem depor na PF
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da Folha de S. Paulo, em Brasília
Pauderney Avelino, vice-líder do PFL na Câmara, e o secretário de Obras do Amazonas, João Coelho Braga, foram convocados ontem pela Polícia Federal para prestar depoimentos, em Manaus. Os dois foram citados por Nivaldo Marinho, ex-assessor do deputado Mário Frota (PDT-AM), como responsáveis pela montagem de uma gravação para envolver o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) em uma cobrança de propina fictícia.
Pauderney tem imunidade parlamentar e pode escolher a data do depoimento. Braga será ouvido na quinta-feira.
O caso da trama com a gravação veio à tona na quarta passada, quando Marinho disse à PF que ganhou R$ 12 mil para imitar, a pedido de Pauderney e Braga, a voz de Frota no telefonema. No diálogo, Frota exigia, em nome de Jader, US$ 5 milhões ao empresário David Benayon para liberar um financiamento da Sudam à empresa Amazonback.
Marinho disse que tratou com Pauderney e Braga como intermediários do governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL), inimigo político de Frota e aliado de Jader. Ontem, Pauderney admitiu que sabia da existência da fita, mas negou sua participação e complicou a situação de Braga. Disse que Marinho lhe ofereceu a fita no começo do ano em um encontro na praia. Ele não teria demonstrado interesse, mas pegou o telefone do ex-assessor. "Depois de algum tempo, e sabendo que a atitude dele (Marinho) era para detonar o Mário Frota, eu conversei com o deputado Washington Régis (PL) e o Braga. Passei a eles o telefone do Marinho e não tomei mais conhecimento de nada, nem do teor da fita", disse.
Braga e Régis não foram localizados pela Folha. Jefferson Coronel, secretário de Comunicação, sinalizou que a situação de Braga é complicada no governo.
A deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) pediu que a corregedoria da Câmara investigue a suposta participação de Pauderney no caso. A investigação pode levar à abertura de processo de cassação do mandato dele por falta de decoro.
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