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22/08/2001
-
02h49
FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S. Paulo, em Barsília
O tema mais recorrente nos encontros entre Leonel Brizola (PDT) e Ciro Gomes (PPS) é a eventual fusão de seus partidos. Ainda não sabem quando será possível, mas concordam que é o caminho natural de siglas médias e pequenas se aglutinarem -antes ou depois da eleição de 2002.
O tema foi discutido numa reunião anteontem, no Rio, entre Ciro, Brizola e o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB). Outro partido sondado pelo PDT para uma fusão é o PL.
A preocupação de todos é com a lei 9.096, de 1995. Embora exista controvérsia jurídica a respeito, é quase certo que uma das cláusulas da lei possa vigorar já a partir da eleição do ano que vem.
Trata-se da cláusula de desempenho eleitoral. O partido que não obtiver 5% dos votos para deputados federais no país inteiro (tendo pelo menos 2% em nove Estados) ficará em 2003 quase sem tempo de TV (só dois minutos por semestre) e terá de compartilhar 1% do Fundo Partidário com todas as siglas pequenas.
"Achamos que essa cláusula só valerá a partir de 2006, mas temos de nos preparar desde já", diz o deputado federal Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), principal interlocutor político de Brizola em Brasília.
Na eleição mais recente, a de prefeitos no ano passado, apenas sete partidos conseguiram obter mais de 5% dos votos no país. Cinco foram siglas governistas (PSDB, PMDB, PFL, PPB e PTB) e duas de oposição (PT e PDT).
A situação se deteriorou muito para o PDT, que tem definhado no Congresso. Depois de eleger 25 deputados em 1998, no início desta semana o partido estava com apenas 17 deputados na Câmara.
"Nossa preocupação e a de Leonel Brizola tem sido não apenas uma vitória eleitoral, mas também a construção de uma base de apoio no Congresso", disse ontem Ciro em Brasília.
Ele acha que uma aliança entre PDT, PPS e PTB poderia fazer uma bancada de 130 deputados federais. Esses três partidos, possivelmente, estarão juntos com Ciro na eleição presidencial e hoje têm apenas 56 deputados. "Se não formos bem, desgraçadamente faremos pelo menos 70 deputados", disse Ciro.
Itamar
A presença de Itamar Franco numa coalizão oposicionista poderia alavancar a expectativa de Ciro. Itamar tem mantido contato frequente com ele. Ontem, ambos conversaram ao telefone. O governador de Minas procurou Ciro para relatar que havia sido cancelado um encontro com o presidente licenciado do PT, deputado federal José Dirceu.
"Acho que o PT ainda não absorveu direito a necessidade de uma ampla aliança", diz o deputado pedetista Vivaldo Barbosa.
Ontem à noite seria realizada mais uma importante conversa sobre aproximação de partidos. A bancada federal do PL receberia Ciro para um jantar em um restaurante de Brasília.
Leia mais no especial Eleições 2002
Ciro e Brizola discutem fusão do PDT com o PPS para 2002
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da Folha de S. Paulo, em Barsília
O tema mais recorrente nos encontros entre Leonel Brizola (PDT) e Ciro Gomes (PPS) é a eventual fusão de seus partidos. Ainda não sabem quando será possível, mas concordam que é o caminho natural de siglas médias e pequenas se aglutinarem -antes ou depois da eleição de 2002.
O tema foi discutido numa reunião anteontem, no Rio, entre Ciro, Brizola e o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB). Outro partido sondado pelo PDT para uma fusão é o PL.
A preocupação de todos é com a lei 9.096, de 1995. Embora exista controvérsia jurídica a respeito, é quase certo que uma das cláusulas da lei possa vigorar já a partir da eleição do ano que vem.
Trata-se da cláusula de desempenho eleitoral. O partido que não obtiver 5% dos votos para deputados federais no país inteiro (tendo pelo menos 2% em nove Estados) ficará em 2003 quase sem tempo de TV (só dois minutos por semestre) e terá de compartilhar 1% do Fundo Partidário com todas as siglas pequenas.
"Achamos que essa cláusula só valerá a partir de 2006, mas temos de nos preparar desde já", diz o deputado federal Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), principal interlocutor político de Brizola em Brasília.
Na eleição mais recente, a de prefeitos no ano passado, apenas sete partidos conseguiram obter mais de 5% dos votos no país. Cinco foram siglas governistas (PSDB, PMDB, PFL, PPB e PTB) e duas de oposição (PT e PDT).
A situação se deteriorou muito para o PDT, que tem definhado no Congresso. Depois de eleger 25 deputados em 1998, no início desta semana o partido estava com apenas 17 deputados na Câmara.
"Nossa preocupação e a de Leonel Brizola tem sido não apenas uma vitória eleitoral, mas também a construção de uma base de apoio no Congresso", disse ontem Ciro em Brasília.
Ele acha que uma aliança entre PDT, PPS e PTB poderia fazer uma bancada de 130 deputados federais. Esses três partidos, possivelmente, estarão juntos com Ciro na eleição presidencial e hoje têm apenas 56 deputados. "Se não formos bem, desgraçadamente faremos pelo menos 70 deputados", disse Ciro.
Itamar
A presença de Itamar Franco numa coalizão oposicionista poderia alavancar a expectativa de Ciro. Itamar tem mantido contato frequente com ele. Ontem, ambos conversaram ao telefone. O governador de Minas procurou Ciro para relatar que havia sido cancelado um encontro com o presidente licenciado do PT, deputado federal José Dirceu.
"Acho que o PT ainda não absorveu direito a necessidade de uma ampla aliança", diz o deputado pedetista Vivaldo Barbosa.
Ontem à noite seria realizada mais uma importante conversa sobre aproximação de partidos. A bancada federal do PL receberia Ciro para um jantar em um restaurante de Brasília.
Leia mais no especial Eleições 2002
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