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22/08/2001 - 17h31

ACM e Jader voltam a trocar acusações no Senado

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), e o seu principal desafeto político, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PLF-BA), apareceram hoje à tarde no Senado e trocaram graves acusações à distância.

ACM afirmou que Jader, que está sendo investigado por desvios no Banpará (Banco do Estado do Pará), na extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e pela emissão fraudulenta de TDAs (Títulos da Dívida Agrária), não é mais caso para cassação do mandato, "é caso de prisão".

"Estou acompanhando contristado, porque estou vendo uma perda de tempo com a evidência. No caso de Jader Barbalho, a evidência é total. Em todos os lugares por onde passou, deixou sua mancha. E está para deixá-la aqui no Senado também."

Segundo ACM, Jader Barbalho é um caso para a polícia, não para o Senado. O ex-senador também acusou o Conselho de Ética de usar "dois pesos de duas medidas" para investigar e julgar o seu caso e o de Jader.

"No meu caso, quiseram aplicar a Justiça com rapidez. O furto passou a ser algo mais leve do que a mentira. No Senado, não se pode mentir, mas roubar e matar pode", disse ACM.

O ex-senador está em Brasília hoje para ser entrevistado pelo jornalista Álvaro Pereira, que está escrevendo um livro sobre a política. ACM afirmou que também vai visitar o embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima e verificar se "a sua casa" está em ordem.

ACM não disse se a casa a que referiu seria o seu apartamento na Asa Sul de Brasília ou o Senado.

"Perturbação"

Jader Barbalho, que também reapareceu hoje no Senado, rebateu as acusações de ACM afirmando que ele está "perturbado".

"O senador Antonio Carlos, no dia de sua despedida no Senado [em maio], me fez uma homenagem dizendo que tudo que tinha dito a meu respeito não tinha fundamento. Eu acho que o que ele está falando agora também não tem o menor fundamento. Deve ser alguma perturbação", afirmou Jader.

O senador paraense insinuou que comparecerá aos dois depoimentos marcados para a próxima semana. Na terça, ele será ouvido pela CPI da Grilagem de Terras da Câmara e, na quarta, pela comissão especial do Conselho de Ética.

"Vou comparecer, se Deus quiser." Jader afirmou que não é verdade que o relatório assinado pelo procurador-geral do Banco Central, José Coêlho Ferreira, não o inocenta.

"Estou com o parecer e o depoimento dele, que reafirmam o que o BC disse em 1992. Se o BC depois de tantos anos continua a dizer que não chegou a nenhum indício contra mim, eu não sei como as pessoas interpretam isso como má-fé.
 

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