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23/08/2001 - 03h08

Corregedora vai aceitar que FBI treine investigadores da PF

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da Folha de S. Paulo, em Brasília

A ministra da Corregedoria Geral da União, Anadyr de Mendonça Rodrigues, foi autorizada ontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso a aceitar uma oferta do FBI (Federal Bureau of Investigation, a polícia federal dos Estados Unidos) para treinar técnicos brasileiros em investigações de corrupção, lavagem de dinheiro e crime organizado.

A ministra afirmou ontem que entrará em contato nos próximos dias com a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília para conhecer detalhes dos cursos, para então selecionar os técnicos que receberão treinamento.

Criada em 2 de abril deste ano pelo presidente para apurar acusações de corrupção, a Corregedoria Geral da União já recebeu 1.240 denúncias. Cada uma deu origem a um processo, cujo andamento estará disponível na internet a partir da próxima semana.

Entre essas denúncias estão a emissão supostamente irregular de TDAs (Títulos da Dívida Agrária) para desapropriação de terras pelo ex-ministro da Reforma Agrária Jader Barbalho e o possível desvio de recursos federais no caso Banpará (Banco do Estado do Pará), além do pagamento irregular de precatórios pelo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem).

A CGU dispõe de 30 técnicos, todos advogados (procuradores da União, consultores e assessores jurídicos). Para realizar investigações de maior vulto e complexidade, serão formados grupos-tarefa com especialistas recrutados de outros órgãos federais.

Ranking
Depois de despachar com o presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio da Alvorada, Anadyr anunciou também que está preparando um ranking internacional de irregularidades, semelhante ao ranking de corrupção elaborado pela ONG (organização não-governamental) Transparência Internacional.

Segundo a corregedora-geral, o objetivo do ranking é mostrar com mais clareza o nível de irregularidades na administração pública do Brasil, em comparação com os problemas constatados em outros países.
Anadyr também apresentou ao presidente um CD-ROM com dois bancos de dados sobre as denúncias recebidas pela CGU desde a sua criação e o andamento das atuais investigações.

Esses bancos de dados já podem ser acessados pela rede interna (intranet) do Palácio do Planalto e serão disponibilizados para o público assim que forem solucionados alguns problemas técnicos.

No futuro, a intenção de Anadyr é montar uma espécie de "banco de culpados", capaz de indicar os nomes de todos os funcionários públicos considerados culpados em processos administrativos e disciplinares.


 

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