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25/08/2001 - 02h57

Autoridades da ilha se dispõem a ajudar

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LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S. Paulo, em Jersey

Se depender das palavras do presidente do Jersey Financial Services Commission (JFSC), o governo brasileiro contará com a colaboração das autoridades da ilha para obter informações sobre as contas do ex-prefeito Paulo Maluf no paraíso fiscal.

O serviço financeiro da ilha, localizada no canal da Mancha, é similar ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) no Brasil, que é subordinado ao Ministério da Fazenda.

Em uma palestra realizada em Jersey, há cerca de 40 dias, Colin Powell, presidente da comissão financeira, afirmou ter todo o interesse em colaborar com governos de outros países para acabar com os crimes de lavagem de dinheiro e de fraude fiscal.

"Estamos totalmente comprometidos com este objetivo. A comissão financeira de Jersey é um órgão independente e não-político", afirmou Powell.

Segundo o presidente da instituição, a colaboração interessa a todos os países, principalmente porque o "crime financeiro conta hoje com uma elevada mobilidade de fundos e com o desenvolvimento rápido de ferramentas para burlar a leis".

Citibank
Na última quarta-feira a Folha revelou que um documento oficial da Suiça informou autoridades brasileiras de que Maluf manteve conta no Citibank daquele país de 1985 até 1997, quando transferiu as aplicações para o mesmo banco em Jersey.

Clive Jones, que atualmente preside o Citibank em Jersey, trabalhou na Suíça durante o período em que Maluf manteve a conta -em nome de uma empresa- no país. Jones trabalhou na Suíça de 1987 a 1993 e depois foi transferido para Jersey.

O presidente do Citibank de Jersey é hoje o responsável por fornecer às autoridades judiciais as movimentações financeiras da conta que tem como beneficiários Maluf e seus familiares.

"Por princípio, o banco tem o compromisso de manter sob segurança os dados privados fornecidos pelo cliente", disse Jones.

Leia mais no especial caso Maluf


 

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