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29/08/2001 - 15h08

Jader diz que pedirá perícia em relatórios do Banco Central

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), considerou "muito positivo" o depoimento que prestou hoje à comissão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa que investiga as acusações contra ele, e afirmou que irá pedir uma perícia nos relatórios do Banco Central sobre os desvios do Banpará (Banco do Estado do Pará). Os relatórios apontam fortes indícios de que Jader teria se beneficiado dos desvios.

Aparentemente irritado, o senador afirmou que irá pedir uma perícia - à Justiça, ao Ministério Público e aos auditores do banco paraense - nos documentos para averiguar sua autenticidade. "Nós vamos para a perícia. Se ela comprovar que os documentos do Banco Central não provam nada contra mim, vamos para a Justiça", afirmou Jader.

No depoimento, que durou mais de três horas, Jader negou categoricamente que tenha participado dos desvios. "Em absoluto. Eu não fui beneficiário de coisíssima nenhuma de depósito. Não me venham com essa conversa fiada" , disse Jader.

Sobre as afirmações do senador Jefferson Péres (PDT-AM) de que pode ser aberto contra Jader um processo por quebra de decoro parlamentar por "abuso do poder", Jader disse lamentar as declarações. "Lamento profundamente que foi seja a conclusão de Jefferson Péres. Não encontraram nada contra mim e agora querem desviar a acusação."

A declaração de Péres - que é um dos três membros da comissão investigativa - refere-se ao arquivamento por parte de Jader de um requerimento solicitando o envio pelo BC de documentos sobre o Banpará.

Jader chegou a dizer que o nome do Conselho de Ética deveria mudar para "Conselho de Ética e Decoro de toda a vida pública", referindo-se às investigações sobre o período anterior ao seu mandato no Senado.

Retorno
Jader reiterou que voltará à presidência do Senado em 17 de setembro, quando termina o prazo para a sua licença. Ele também classificou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) - aberta ontem na Câmara dos Deputados, para investigar sua gestão como ministro da Reforma Agrária (1987-1988) e da Previdência Social (1988-1990) - como "mais um factóide".

Leia mais no especial Jader Barbalho
 

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