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03/09/2001
-
07h25
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
O vice-presidente do PMDB de Altamira (PA), José Soares Sobrinho, está preso desde anteontem numa cela individual da Penitenciária Agrícola Sílvio Hall de Moura, em Santarém (PA). Ele é aliado político do presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Soares Sobrinho teve a prisão preventiva decretada no sábado.
Ele é acusado de coação de testemunhas e de obstruir as investigações do caso de desvios de verba da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) na região de Altamira.
O político pertence ao chamado Grupo Soares, que tem como integrantes seus irmãos Romildo Onofre Soares e Sebastião José Soares, todos envolvidos no suposto esquema que teria desviado dos cofres do Finam (Fundo de Investimento da Amazônia) R$ 18,1 milhões.
Num único projeto, o do Frango Modelo, Soares Sobrinho recebeu R$ 1,7 milhão em 1998 e mais R$ 4,2 milhões em abril de 1999. O projeto nunca saiu do papel.
Foi o conjunto de empresas de Soares Sobrinho e a grande liberação de recursos para uma só região - Altamira, no Pará - que chamaram a atenção dos investigadores sobre as irregularidades da Sudam.
Amizade
Soares Sobrinho, Romildo e Sebastião foram presos em abril, mas liberados em seguida. Na região, o empresário é conhecido pela amizade de 20 anos que mantém com Jader Barbalho.
No ano passado, o presidente licenciado do Senado foi três vezes a Altamira para apoiar o candidato do empresário à prefeitura. A Polícia Federal também investiga a ligação de Soares Sobrinho com o empresário José Osmar Borges, apontado como o maior fraudador da Sudam. Borges teria desviado cerca de R$ 100 milhões do órgão.
No sábado, o juiz federal Nelson Santos decidiu deslocar Soares Sobrinho para longe de Altamira e o encaminhou à Delegacia de Polícia Federal de Santarém.
Ele viajou 400 km pela rodovia Transamazônica em companhia de três agentes federais. Chegou a Santarém às 21h40, fez exame de corpo delito e prestou depoimentos à delegada Maria das Graças Malheiros. Em seguida foi encaminhado à penitenciária. Incomunicável, Soares Sobrinho recebeu apenas a visita do advogado Luiz Otávio Campos.
Leia mais no especial Jader Barbalho
Aliado político de Jader é preso no Pará
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da Agência Folha, em Manaus
O vice-presidente do PMDB de Altamira (PA), José Soares Sobrinho, está preso desde anteontem numa cela individual da Penitenciária Agrícola Sílvio Hall de Moura, em Santarém (PA). Ele é aliado político do presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Soares Sobrinho teve a prisão preventiva decretada no sábado.
Ele é acusado de coação de testemunhas e de obstruir as investigações do caso de desvios de verba da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) na região de Altamira.
O político pertence ao chamado Grupo Soares, que tem como integrantes seus irmãos Romildo Onofre Soares e Sebastião José Soares, todos envolvidos no suposto esquema que teria desviado dos cofres do Finam (Fundo de Investimento da Amazônia) R$ 18,1 milhões.
Num único projeto, o do Frango Modelo, Soares Sobrinho recebeu R$ 1,7 milhão em 1998 e mais R$ 4,2 milhões em abril de 1999. O projeto nunca saiu do papel.
Foi o conjunto de empresas de Soares Sobrinho e a grande liberação de recursos para uma só região - Altamira, no Pará - que chamaram a atenção dos investigadores sobre as irregularidades da Sudam.
Amizade
Soares Sobrinho, Romildo e Sebastião foram presos em abril, mas liberados em seguida. Na região, o empresário é conhecido pela amizade de 20 anos que mantém com Jader Barbalho.
No ano passado, o presidente licenciado do Senado foi três vezes a Altamira para apoiar o candidato do empresário à prefeitura. A Polícia Federal também investiga a ligação de Soares Sobrinho com o empresário José Osmar Borges, apontado como o maior fraudador da Sudam. Borges teria desviado cerca de R$ 100 milhões do órgão.
No sábado, o juiz federal Nelson Santos decidiu deslocar Soares Sobrinho para longe de Altamira e o encaminhou à Delegacia de Polícia Federal de Santarém.
Ele viajou 400 km pela rodovia Transamazônica em companhia de três agentes federais. Chegou a Santarém às 21h40, fez exame de corpo delito e prestou depoimentos à delegada Maria das Graças Malheiros. Em seguida foi encaminhado à penitenciária. Incomunicável, Soares Sobrinho recebeu apenas a visita do advogado Luiz Otávio Campos.
Leia mais no especial Jader Barbalho
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