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04/09/2001
-
11h51
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
O senador Jefferson Péres (PDT-AM) afirmou há pouco que já existem indícios suficientes para abrir um inquérito para investigar se o presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), quebrou o decoro parlamentar. O relatório contendo o pedido de abertura de investigações, segundo Péres, deve ser entregue na próxima segunda-feira (10).
Elaborado pela comissão destacada pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado para investigar Jader, o relatório ainda aguarda a chegada das conclusões de técnicos do Banco Central sobre os desvios no Banpará (Banco do Estado do Pará), dos quais Jader é acusado de ser o principal beneficiário.
"Só estamos dependendo das conclusões dos técnicos do BC (Banco Central) para finalizar o parecer", disse Péres. Os técnicos do BC deverão finalizar os trabalhos ainda esta semana. Eles estudam as auditorias e relatórios sobre o Banpará elaborados pela própria instituição.
O coordenador da comissão, Romeu Tuma (PFL-SP), afirmou ontem, em Belém (PA), que já há "indícios veementes" para a abertura de inquérito contra Jader. No entanto, ressaltou que a decisão caberá ao Conselho de Ética. Hoje à tarde, Tuma termina de colher os depoimentos de ex-diretores do Banpará em Belém e deverá retornar ao Senado até amanhã.
Jader pode sofrer também outro pedido de quebra de decoro por ter obstruído as investigações sobre o Banpará, quando ainda ocupava a presidência do Senado, já que teria atrasado em três meses a entrega do requerimento feito pelo líder do bloco da oposição, José Eduardo Dutra (PT-SE), requisitando ao BC todos os relatório de fiscalização sobre o Banpará.
O secretário-geral da Mesa do Senado, Raimundo Carreiro, confirma em ofício que Jader não só reteve o documento por três meses como também, indiretamente, relata que o requerimento desapareceu na presidência e teve de ser reconstituído pela Mesa do Senado.
Caso o presidente licenciado do Senado tenha mentido aos senadores em discursos no plenário e ao afirmar, em depoimento, que não foi beneficiário do dinheiro desviado do Banpará (Banco do Estado do Pará), poderá perder o mandato em um processo por quebra de decoro.
Leia mais no especial Jader Barbalho
Abertura de inquérito contra Jader será pedida na segunda
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da Folha Online, em Brasília
O senador Jefferson Péres (PDT-AM) afirmou há pouco que já existem indícios suficientes para abrir um inquérito para investigar se o presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), quebrou o decoro parlamentar. O relatório contendo o pedido de abertura de investigações, segundo Péres, deve ser entregue na próxima segunda-feira (10).
Elaborado pela comissão destacada pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado para investigar Jader, o relatório ainda aguarda a chegada das conclusões de técnicos do Banco Central sobre os desvios no Banpará (Banco do Estado do Pará), dos quais Jader é acusado de ser o principal beneficiário.
"Só estamos dependendo das conclusões dos técnicos do BC (Banco Central) para finalizar o parecer", disse Péres. Os técnicos do BC deverão finalizar os trabalhos ainda esta semana. Eles estudam as auditorias e relatórios sobre o Banpará elaborados pela própria instituição.
O coordenador da comissão, Romeu Tuma (PFL-SP), afirmou ontem, em Belém (PA), que já há "indícios veementes" para a abertura de inquérito contra Jader. No entanto, ressaltou que a decisão caberá ao Conselho de Ética. Hoje à tarde, Tuma termina de colher os depoimentos de ex-diretores do Banpará em Belém e deverá retornar ao Senado até amanhã.
Jader pode sofrer também outro pedido de quebra de decoro por ter obstruído as investigações sobre o Banpará, quando ainda ocupava a presidência do Senado, já que teria atrasado em três meses a entrega do requerimento feito pelo líder do bloco da oposição, José Eduardo Dutra (PT-SE), requisitando ao BC todos os relatório de fiscalização sobre o Banpará.
O secretário-geral da Mesa do Senado, Raimundo Carreiro, confirma em ofício que Jader não só reteve o documento por três meses como também, indiretamente, relata que o requerimento desapareceu na presidência e teve de ser reconstituído pela Mesa do Senado.
Caso o presidente licenciado do Senado tenha mentido aos senadores em discursos no plenário e ao afirmar, em depoimento, que não foi beneficiário do dinheiro desviado do Banpará (Banco do Estado do Pará), poderá perder o mandato em um processo por quebra de decoro.
Leia mais no especial Jader Barbalho
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