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04/09/2001
-
19h38
da Agência Folha, em Belém
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), afirmou ontem, em Belém, que parte dos cheques administrativos que saíram do Banpará (Banco do Estado do Pará), entre fevereiro de 84 e março de 85, não passaram pela presidência do banco.
A subcomissão do Conselho de Ética do Senado investiga a possibilidade de 13 cheques administrativos do banco, no valor de R$ 3 milhões (atualizados), terem sido desviados para a conta do presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Hoje, no segundo dia de depoimentos em Belém, a subcomissão do Conselho de Ética ouviu Nelson Ribeiro, ex-presidente do banco na época em que parte dos cheques saíram.
Segundo Romeu Tuma, o depoimento de Ribeiro foi esclarecedor. "Descobrimos que havia um esquema (no Banpará) em que cheques administrativos não passavam pela presidência do banco, quando deveriam passar", disse Tuma.
Nelson Ribeiro explicou que os cheques saíram do Banpará por meio de um esquema que ele desconhecia e teriam ido parar na conta de Jader. "Só tomei conhecimento desse esquema depois que a imprensa noticiou".
Ribeiro disse na subcomissão que ele não era o escolhido de Jader para presidir o Banpará. "Jader queria que outro nome assumisse o banco, um nome de sua confiança, mas o Banco Central teria rejeitado a indicação inicial por conta de antecedentes em irregularidades", afirmou Ribeiro.
A subcomissão aguarda para hoje o depoimento do ex-diretor administrativo-financeiro do Banpará, Jamil Xaud, que é homem de confiança de Jader, e do ex-diretor Hamilton Guedes.
Segundo o ex-gerente do Banpará, Marcílio Guerreiro, no primeiro dia de depoimentos, era Xaud quem dava as ordens por escrito para ele assinar os cheque administrativos de cerca de R$ 3 milhões (valores atualizados) que foram parar na conta que Jader mantinha no Itaú, no Rio de Janeiro.
Angela Salles, que defende Xaud, disse que ele não tem nada a ver com supostas irregularidades. Jader também nega qualquer envolvimento no caso.
A subcomissão também investiga se recursos desviados do Banpará teriam servido para pagar reformas de um apartamento e da sede de uma fazenda de Jader.
Cheques do Banpará não passaram pela presidência do banco
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O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), afirmou ontem, em Belém, que parte dos cheques administrativos que saíram do Banpará (Banco do Estado do Pará), entre fevereiro de 84 e março de 85, não passaram pela presidência do banco.
A subcomissão do Conselho de Ética do Senado investiga a possibilidade de 13 cheques administrativos do banco, no valor de R$ 3 milhões (atualizados), terem sido desviados para a conta do presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
14.ago.2001 / Folha Imagem |
Romeu Tuma (PFL-SP), corregedor do Senado |
Segundo Romeu Tuma, o depoimento de Ribeiro foi esclarecedor. "Descobrimos que havia um esquema (no Banpará) em que cheques administrativos não passavam pela presidência do banco, quando deveriam passar", disse Tuma.
Nelson Ribeiro explicou que os cheques saíram do Banpará por meio de um esquema que ele desconhecia e teriam ido parar na conta de Jader. "Só tomei conhecimento desse esquema depois que a imprensa noticiou".
Ribeiro disse na subcomissão que ele não era o escolhido de Jader para presidir o Banpará. "Jader queria que outro nome assumisse o banco, um nome de sua confiança, mas o Banco Central teria rejeitado a indicação inicial por conta de antecedentes em irregularidades", afirmou Ribeiro.
A subcomissão aguarda para hoje o depoimento do ex-diretor administrativo-financeiro do Banpará, Jamil Xaud, que é homem de confiança de Jader, e do ex-diretor Hamilton Guedes.
Segundo o ex-gerente do Banpará, Marcílio Guerreiro, no primeiro dia de depoimentos, era Xaud quem dava as ordens por escrito para ele assinar os cheque administrativos de cerca de R$ 3 milhões (valores atualizados) que foram parar na conta que Jader mantinha no Itaú, no Rio de Janeiro.
Angela Salles, que defende Xaud, disse que ele não tem nada a ver com supostas irregularidades. Jader também nega qualquer envolvimento no caso.
A subcomissão também investiga se recursos desviados do Banpará teriam servido para pagar reformas de um apartamento e da sede de uma fazenda de Jader.
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