Publicidade
Publicidade
05/09/2001
-
07h46
da Agência Folha
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), afirmou ontem, em Belém, que parte dos cheques administrativos que saíram do Banpará (Banco do Estado do Pará), entre fevereiro de 84 e março de 85, não passou pela presidência do banco.
A subcomissão do Conselho de Ética do Senado investiga a possibilidade de 13 cheques administrativos do banco, no valor de R$ 3 milhões (atualizados), terem sido desviados para a conta do presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Ontem, segundo dia de depoimentos em Belém, a subcomissão ouviu Nelson Ribeiro, ex-presidente que dirigiu o banco quando parte dos cheques saíram.
Segundo Romeu Tuma, o depoimento de Ribeiro foi esclarecedor. "Descobrimos que havia um esquema (no Banpará) em que cheques administrativos não passavam pela presidência do banco, quando deveriam passar."
Nelson Ribeiro explicou que os cheques saíram do Banpará por meio de um esquema que ele desconhecia e teriam ido parar na conta de Jader. "Só tomei conhecimento desse esquema depois que a imprensa noticiou".
Ribeiro disse na subcomissão que ele não era o escolhido de Jader para presidir o Banpará. "Jader queria outro nome, de sua confiança, mas o Banco Central teria rejeitado a indicação inicial por conta de antecedentes em irregularidades", afirmou Ribeiro.
Pedido retido
O senador Jefferson Péres (PDT-AM) está convencido de que Jader tentou barrar as investigações do Conselho de Ética sobre desvios no Banpará.
A suposta manobra de Jader será o principal argumento da comissão constituída para investigá-lo para propor abertura de processo de cassação contra ele. O relatório da comissão será entregue ao presidente do Conselho de Ética, Geraldo Althoff (PFL-SC), no próximo dia 10.
O secretário-geral da Mesa, Raimundo Carreiro, confirmou em ofício entregue ontem a Péres que Jader reteve no gabinete da presidência do Senado o requerimento que requisitava ao BC todos os relatórios de investigações sobre as irregularidades do Banpará.
"Ficou claro que o requerimento foi retido na presidência, retardando a apuração. Em princípio, a responsabilidade é do presidente [Jader], o que configura abuso de prerrogativa", disse Péres.
Leia mais no especial Jader Barbalho
Presidência do Banpará desconhecia cheques
Publicidade
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), afirmou ontem, em Belém, que parte dos cheques administrativos que saíram do Banpará (Banco do Estado do Pará), entre fevereiro de 84 e março de 85, não passou pela presidência do banco.
A subcomissão do Conselho de Ética do Senado investiga a possibilidade de 13 cheques administrativos do banco, no valor de R$ 3 milhões (atualizados), terem sido desviados para a conta do presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Ontem, segundo dia de depoimentos em Belém, a subcomissão ouviu Nelson Ribeiro, ex-presidente que dirigiu o banco quando parte dos cheques saíram.
Segundo Romeu Tuma, o depoimento de Ribeiro foi esclarecedor. "Descobrimos que havia um esquema (no Banpará) em que cheques administrativos não passavam pela presidência do banco, quando deveriam passar."
Nelson Ribeiro explicou que os cheques saíram do Banpará por meio de um esquema que ele desconhecia e teriam ido parar na conta de Jader. "Só tomei conhecimento desse esquema depois que a imprensa noticiou".
Ribeiro disse na subcomissão que ele não era o escolhido de Jader para presidir o Banpará. "Jader queria outro nome, de sua confiança, mas o Banco Central teria rejeitado a indicação inicial por conta de antecedentes em irregularidades", afirmou Ribeiro.
Pedido retido
O senador Jefferson Péres (PDT-AM) está convencido de que Jader tentou barrar as investigações do Conselho de Ética sobre desvios no Banpará.
A suposta manobra de Jader será o principal argumento da comissão constituída para investigá-lo para propor abertura de processo de cassação contra ele. O relatório da comissão será entregue ao presidente do Conselho de Ética, Geraldo Althoff (PFL-SC), no próximo dia 10.
O secretário-geral da Mesa, Raimundo Carreiro, confirmou em ofício entregue ontem a Péres que Jader reteve no gabinete da presidência do Senado o requerimento que requisitava ao BC todos os relatórios de investigações sobre as irregularidades do Banpará.
"Ficou claro que o requerimento foi retido na presidência, retardando a apuração. Em princípio, a responsabilidade é do presidente [Jader], o que configura abuso de prerrogativa", disse Péres.
Leia mais no especial Jader Barbalho
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice