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19/09/2001
-
12h42
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
A reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, que decidirá se será aberto investigações por quebra de decoro parlamentar contra o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), está mantida para as 10h de amanhã, mesmo com o adiamento hoje da sessão que irá eleger o novo presidente da Mesa do Senado.
A votação deveria acontecer para hoje, às 17h, mas foi adiada porque o PMDB não conseguiu escolher quem irá indicar para o cargo. Com a nova data, os dois eventos devem acontecer na mesma hora.
Segundo o presidente do Conselho de Ética, senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), não há o que possa adiar o pedido de abertura do processo. "A votação [do relatório] só será adiada se dois aviões cairem no Congresso", afirmou o senador fazendo referência aos atentados terroristas da semana passada nos EUA.
O presidente interino do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), nega que o adiamento seja uma manobra para esvaziar a reunião do conselho.
O relatório que propõe a abertura de processo contra o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) por quebra de decoro parlamentar deve ser aprovado amanhã.
O senador Nabor Júnior (PMDB-AC), aliado de Jader e integrante do conselho, já anunciou que vai apresentar um relatório alternativo, que pretende proporcionar aos integrantes do conselho a possibilidade de não processar o ex-presidente do Senado.
Sobrevida
Nabor é a mais nova cartada do partido para tentar dar sobrevida a Jader. Ciente das dificuldades de manter o mandato do paraense, o PMDB trabalha sempre para dar-lhe mais tempo no Senado.
O relatório foi assinado por dois dos três integrantes da comissão que investigou denúncias contra Jader _Romeu Tuma (PFL-SP) e Jefferson Péres (PDT-AM).
Eles acusam Jader de mentir ao negar que tenha se beneficiado dos recursos desviados do Banpará (Banco do Estado do Pará) em 84, quando era governador do Estado. Para Tuma e Péres, há provas do seu envolvimento.
O terceiro integrante da comissão, João Alberto Souza (PMDB-MA), que é aliado de Jader, discorda da conclusão e apresentou um voto em separado.
Ele recomendou que o conselho aguardasse a decisão da Justiça sobre o caso. "O que eu estou vendo nesse processo é um linchamento político contra o senador Jader. No relatório não há nada contra ele", disse ontem João Alberto.
A votação do relatório será aberta, o que, em tese, dificulta a defesa do peemedebista. Para ser aprovado, são necessários oito votos. Por ora, ele só conta com quatro votos do PMDB. O quinto, do presidente, Juvêncio da Fonseca (MS), seria contabilizado apenas em caso de empate.
Há uma outra ameaça contra Jader no Senado. O corregedor-geral, Romeu Tuma, recebeu da Polícia Federal um resumo das investigações em curso sobre irregularidades na extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
Leia mais:
Sem consenso, PMDB adia decisão sobre futuro presidente do Senado
Processo contra Jader será votado amanhã no Conselho de Ética
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da Folha de S.Paulo
A reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, que decidirá se será aberto investigações por quebra de decoro parlamentar contra o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), está mantida para as 10h de amanhã, mesmo com o adiamento hoje da sessão que irá eleger o novo presidente da Mesa do Senado.
A votação deveria acontecer para hoje, às 17h, mas foi adiada porque o PMDB não conseguiu escolher quem irá indicar para o cargo. Com a nova data, os dois eventos devem acontecer na mesma hora.
Segundo o presidente do Conselho de Ética, senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), não há o que possa adiar o pedido de abertura do processo. "A votação [do relatório] só será adiada se dois aviões cairem no Congresso", afirmou o senador fazendo referência aos atentados terroristas da semana passada nos EUA.
O presidente interino do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), nega que o adiamento seja uma manobra para esvaziar a reunião do conselho.
O relatório que propõe a abertura de processo contra o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) por quebra de decoro parlamentar deve ser aprovado amanhã.
O senador Nabor Júnior (PMDB-AC), aliado de Jader e integrante do conselho, já anunciou que vai apresentar um relatório alternativo, que pretende proporcionar aos integrantes do conselho a possibilidade de não processar o ex-presidente do Senado.
Sobrevida
Nabor é a mais nova cartada do partido para tentar dar sobrevida a Jader. Ciente das dificuldades de manter o mandato do paraense, o PMDB trabalha sempre para dar-lhe mais tempo no Senado.
O relatório foi assinado por dois dos três integrantes da comissão que investigou denúncias contra Jader _Romeu Tuma (PFL-SP) e Jefferson Péres (PDT-AM).
Eles acusam Jader de mentir ao negar que tenha se beneficiado dos recursos desviados do Banpará (Banco do Estado do Pará) em 84, quando era governador do Estado. Para Tuma e Péres, há provas do seu envolvimento.
O terceiro integrante da comissão, João Alberto Souza (PMDB-MA), que é aliado de Jader, discorda da conclusão e apresentou um voto em separado.
Ele recomendou que o conselho aguardasse a decisão da Justiça sobre o caso. "O que eu estou vendo nesse processo é um linchamento político contra o senador Jader. No relatório não há nada contra ele", disse ontem João Alberto.
A votação do relatório será aberta, o que, em tese, dificulta a defesa do peemedebista. Para ser aprovado, são necessários oito votos. Por ora, ele só conta com quatro votos do PMDB. O quinto, do presidente, Juvêncio da Fonseca (MS), seria contabilizado apenas em caso de empate.
Há uma outra ameaça contra Jader no Senado. O corregedor-geral, Romeu Tuma, recebeu da Polícia Federal um resumo das investigações em curso sobre irregularidades na extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
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