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20/09/2001
-
02h58
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Enquanto o presidente Fernando Henrique Cardoso recebia no Palácio da Alvorada um documento da ONU (Organização das Nações Unidas) com elogios à política agrária brasileira, um grupo de cerca de mil manifestantes fazia um protesto em frente ao Palácio do Planalto reivindicando solução para as dívidas de pequenos agricultores.
FHC recebeu o documento do representante da Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), José Tubino, durante encontro que ocorreu às 11h.
Nesse instante, sem-terra e pequenos agricultores protestavam. Um grupo também protocolou um segundo pedido de audiência com FHC -o primeiro, feito no último dia 3, não obteve resposta.
A manifestação foi organizada por diversas entidades: MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Movimento das Mulheres dos Trabalhadores Rurais, Movimento dos Atingidos por Barragens e Movimento dos Pequenos Agricultores
Reivindicação
Segundo Romário Rosseto, do Movimento dos Pequenos Agricultores, essas entidades querem que o governo encontre uma solução para as dívidas dos pequenos produtores, que, segundo seus cálculos, somam R$ 7 bilhões. Os produtores pedem anistia para quem perdeu suas plantações (por falta ou excesso de chuva) e condições favoráveis de renegociação para os demais.
Eles estão acampados desde o último dia 3 no ginásio de esportes Nilson Nelson, em Brasília.
O documento da ONU diz que a reforma agrária no Brasil foi acelerada depois de 96, citando mudanças na legislação, a destinação de mais recursos orçamentários para essa área, o financiamento da agricultura familiar.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, FHC assentou nos últimos seis anos mais de 500 mil famílias e desapropriou 20 milhões de hectares de terras -duas vezes o tamanho de Cuba, como FHC repete sempre.
ONU elogia política agrária de FHC; mil fazem protesto
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Enquanto o presidente Fernando Henrique Cardoso recebia no Palácio da Alvorada um documento da ONU (Organização das Nações Unidas) com elogios à política agrária brasileira, um grupo de cerca de mil manifestantes fazia um protesto em frente ao Palácio do Planalto reivindicando solução para as dívidas de pequenos agricultores.
FHC recebeu o documento do representante da Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), José Tubino, durante encontro que ocorreu às 11h.
Nesse instante, sem-terra e pequenos agricultores protestavam. Um grupo também protocolou um segundo pedido de audiência com FHC -o primeiro, feito no último dia 3, não obteve resposta.
A manifestação foi organizada por diversas entidades: MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Movimento das Mulheres dos Trabalhadores Rurais, Movimento dos Atingidos por Barragens e Movimento dos Pequenos Agricultores
Reivindicação
Segundo Romário Rosseto, do Movimento dos Pequenos Agricultores, essas entidades querem que o governo encontre uma solução para as dívidas dos pequenos produtores, que, segundo seus cálculos, somam R$ 7 bilhões. Os produtores pedem anistia para quem perdeu suas plantações (por falta ou excesso de chuva) e condições favoráveis de renegociação para os demais.
Eles estão acampados desde o último dia 3 no ginásio de esportes Nilson Nelson, em Brasília.
O documento da ONU diz que a reforma agrária no Brasil foi acelerada depois de 96, citando mudanças na legislação, a destinação de mais recursos orçamentários para essa área, o financiamento da agricultura familiar.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, FHC assentou nos últimos seis anos mais de 500 mil famílias e desapropriou 20 milhões de hectares de terras -duas vezes o tamanho de Cuba, como FHC repete sempre.
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