20/09/2001 - 16h27

Candidato único, Ramez Tebet é eleito novo presidente do Senado

da Folha Online

O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) foi eleito hoje presidente da Casa em votação na qual foi o único candidato. Ele recebeu 41 votos, contra 3 nulos e 31 brancos. Compareceram à sessão 75 senadores.

Alan Marques/FI Ramez Tebet, novo presidente do Senado

Pelo placar final, tudo indica que parte da bancada do PFL preferiu votar em branco a votar no candidato peemedebista. O PFL tem uma bancada de 20 senadores e decidiu, hoje pela manhã, não fechar uma posição única.

O bloco de oposição, que soma 12 senadores, havia também decidido votar em branco. A mesma posição deve ter tomado também os três senadores do PSB, que votam com a oposição.

O PMDB, PSDB, PTB e PPB somam juntos 42 senadores, um a mais do que a soma obtida por Tebet.

Apesar do voto ser secreto, o bloco de oposição teve ao menos uma dissidência. O senador Roberto Freire (PPS-PE), declarou seu voto a Tebet, contrariando a recomendação do bloco.

História
Tebet foi presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado durante as investigações do caso da violação do painel eletrônico de votação, que culminou com a renúncia dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF).

Para concorrer ao cargo, o senador deixou oficialmente hoje o Ministério da Integração Nacional, que havia assumido em junho.

Ele irá substituir Jader Barbalho (PMDB-PA), eleito em fevereiro deste ano, que anunciou sua renúncia à presidência do Senado na terça-feira (18), por estar sendo acusado de ser beneficiário dos desvios de verbas do Banpará (Banco do Estado do Pará) e da extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), e de envolvimento na venda de TDAs (Títulos da Dívida Agrária) frauduletas.

A decisão de indicar Tebet para a presidência foi tomada ontem à noite pelo PMDB, em reunião que contou com a presença dos principais líderes do partido. Por ter maioria no Senado (25 em um total de 81 senadores) e por um acordo feito entre os líderes da base governista, com a presença e aval do presidente Fernando Henrique Cardoso, o PMDB manteve a presidência da Casa.

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