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25/09/2001
-
02h44
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O senador José Fogaça (RS) largou na frente na disputa interna do PMDB para a indicação do substituto de Ramez Tebet (RS) no Ministério da Integração Nacional, eleito na semana passada para presidir o Senado.
Fogaça tem a simpatia do Palácio do Planalto e de assessores diretos do presidente, como o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria Geral) e o assessor especial Moreira Franco. Mas o que o fortaleceu nas últimas horas foi o fato de ele ter reunido apoio na cúpula do PMDB, que sempre foi refratária a seu nome. Mas há setores do partido que ainda pretendem indicar um nome ligado ao governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, do chamado PMDB histórico.
O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, e o senador Pedro Simon fecharam com a indicação de Fogaça, que conta ainda com o apoio do líder na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA).
Fogaça já manifestou à cúpula do PMDB a intenção de permanecer no partido, apesar da defecção em andamento no Sul, comandada pelo ex-governador Antonio Britto, que negocia sua transferência para o PPS de
Ciro Gomes (CE). Fogaça tem sempre atuado em sintonia com Britto.
Outro nome falado no Planalto e no PMDB é o do senador mineiro José Alencar. Contra ele pesa o fato de haver assinado a CPI da corrupção.
Mas Fogaça também assinou e não demonstra interesse em retirá-la. Ambos eram candidatos à presidência do Senado.
Na bancada do PMDB, o senador tido como a "bola da vez" é Ney Suassuna (PB). É certo que seu nome será submetido ao presidente Fernando Henrique Cardoso na lista que o líder Renan Calheiros (PMDB-AL) pretende levar ao Planalto nesta semana. Mas Suassuna tem problemas.
O maior deles é a filiação ao PSDB do grupo comandado pelo senador Ronaldo Cunha Lima, que antes controlava o PMDB da Paraíba. O grupo veta a nomeação de Suassuna para o ministério. FHC e os tucanos querem estender o tapete vermelho aos novos afiliados da Paraíba.
Um outro nome cogitado para a Integração Nacional é o de Nabor Júnior (AC). Ele tem uma vantagem que Fogaça não tem: é da região Norte, área de forte atuação do ministério. Mas um problema grave na atual conjuntura: sua indicação seria atribuída a Jader Barbalho, do qual é o principal aliado no Conselho de Ética.
A cúpula do PMDB deve definir o nome do novo ministro nos próximos dias. Outros senadores se julgam no páreo, mas ainda não conseguiram adesão entre os colegas. Há quem defenda a indicação de um técnico, pois um político poderia ter de deixar o cargo no início do próximo ano para concorrer às eleições de 2002.
Fogaça é o mais cotado para ocupar Integração Nacional
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O senador José Fogaça (RS) largou na frente na disputa interna do PMDB para a indicação do substituto de Ramez Tebet (RS) no Ministério da Integração Nacional, eleito na semana passada para presidir o Senado.
Fogaça tem a simpatia do Palácio do Planalto e de assessores diretos do presidente, como o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria Geral) e o assessor especial Moreira Franco. Mas o que o fortaleceu nas últimas horas foi o fato de ele ter reunido apoio na cúpula do PMDB, que sempre foi refratária a seu nome. Mas há setores do partido que ainda pretendem indicar um nome ligado ao governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, do chamado PMDB histórico.
O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, e o senador Pedro Simon fecharam com a indicação de Fogaça, que conta ainda com o apoio do líder na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA).
Fogaça já manifestou à cúpula do PMDB a intenção de permanecer no partido, apesar da defecção em andamento no Sul, comandada pelo ex-governador Antonio Britto, que negocia sua transferência para o PPS de
Ciro Gomes (CE). Fogaça tem sempre atuado em sintonia com Britto.
Outro nome falado no Planalto e no PMDB é o do senador mineiro José Alencar. Contra ele pesa o fato de haver assinado a CPI da corrupção.
Mas Fogaça também assinou e não demonstra interesse em retirá-la. Ambos eram candidatos à presidência do Senado.
Na bancada do PMDB, o senador tido como a "bola da vez" é Ney Suassuna (PB). É certo que seu nome será submetido ao presidente Fernando Henrique Cardoso na lista que o líder Renan Calheiros (PMDB-AL) pretende levar ao Planalto nesta semana. Mas Suassuna tem problemas.
O maior deles é a filiação ao PSDB do grupo comandado pelo senador Ronaldo Cunha Lima, que antes controlava o PMDB da Paraíba. O grupo veta a nomeação de Suassuna para o ministério. FHC e os tucanos querem estender o tapete vermelho aos novos afiliados da Paraíba.
Um outro nome cogitado para a Integração Nacional é o de Nabor Júnior (AC). Ele tem uma vantagem que Fogaça não tem: é da região Norte, área de forte atuação do ministério. Mas um problema grave na atual conjuntura: sua indicação seria atribuída a Jader Barbalho, do qual é o principal aliado no Conselho de Ética.
A cúpula do PMDB deve definir o nome do novo ministro nos próximos dias. Outros senadores se julgam no páreo, mas ainda não conseguiram adesão entre os colegas. Há quem defenda a indicação de um técnico, pois um político poderia ter de deixar o cargo no início do próximo ano para concorrer às eleições de 2002.
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