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27/09/2001
-
16h41
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
A aprovação pelo Conselho de Ética do Senado do relatório que pedia a abertura do processo por quebra de decoro parlamentar contra Jader Barbalho (PMDB-PA) já era esperada. Todas as expectativas indicavam que apenas os quatro senadores do PMDB votariam contra o parecer da comissão especial. "O voto do PMDB era um voto previsível", disse o líder do bloco de oposição, José Eduardo Dutra (PT-SE).
A segunda parte da sessão, realizada à tarde, acabou sendo previsível. A dúvida, agora, é se Jader enfrentará o processo que poderá pedir a cassação de seu mandato ou renunciará antes.
Para Heloísa Helena (PT-AL), a renúncia seria o mesmo que deixar de punir o ex-presidente da casa. "A renúncia acaba possibilitando a conservação dos direitos políticos, portanto, é impunidade", disse a senadora.
Ontem, Jader insinuou que estaria "meditando" sobre a renúncia, mas hoje procurou dissipar todas as especulações sobre o assunto. "Não existe isso [a possibilidade de renúncia]", afirmou ele antes de iniciar a sessão do Conselho de Ética.
No entanto, o senador paraense pode mesmo estar "meditando" sobre o risco de enfrentar o processo. A votação do relatório já mostrou que o PMDB está sozinho na defesa de Jader. O partido, que poderia estar dividido, votou em peso a favor do relatório.
Para piorar ainda mais a situação, ele fez duros ataques ao conselho durante seu pronunciamento de hoje, chamando a investigação de "palhaçada" e classificando o relatório como uma "farsa". Por conta disso, mesmo que não perca o mandato, Jader poderá responder por outro processo de quebra de decoro simplesmente por ter lançado ofensas ao Conselho de Ética.
Logo depois da aprovação do relatório, Jader seguiu para o Pará, onde deverá passar todo o final de semana "meditando". Antes de embarcar ele reiterou mais uma vez que não vai renunciar.
Amanhã, o presidente do conselho, Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), encaminhará o relatório à Mesa Diretora. Na segunda-feira, o presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS) deverá nomear o relator, que será escolhido entre os demais seis integrantes:
1º vice-presidente: Edison Lobão (PFL-MA)
2ºvice-presidente: Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
1º secretário: Carlos Wilson (PTB-PE)
2º secretário: Antero Paes de Barros (PSDB-MT)
3º secretário: Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB)
4º secretário: Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR)
Leia mais no especial Jader Barbalho
Jader vai para casa "meditar" se renuncia ou enfrenta processo
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da Folha Online, em Brasília
A aprovação pelo Conselho de Ética do Senado do relatório que pedia a abertura do processo por quebra de decoro parlamentar contra Jader Barbalho (PMDB-PA) já era esperada. Todas as expectativas indicavam que apenas os quatro senadores do PMDB votariam contra o parecer da comissão especial. "O voto do PMDB era um voto previsível", disse o líder do bloco de oposição, José Eduardo Dutra (PT-SE).
A segunda parte da sessão, realizada à tarde, acabou sendo previsível. A dúvida, agora, é se Jader enfrentará o processo que poderá pedir a cassação de seu mandato ou renunciará antes.
Para Heloísa Helena (PT-AL), a renúncia seria o mesmo que deixar de punir o ex-presidente da casa. "A renúncia acaba possibilitando a conservação dos direitos políticos, portanto, é impunidade", disse a senadora.
Ontem, Jader insinuou que estaria "meditando" sobre a renúncia, mas hoje procurou dissipar todas as especulações sobre o assunto. "Não existe isso [a possibilidade de renúncia]", afirmou ele antes de iniciar a sessão do Conselho de Ética.
No entanto, o senador paraense pode mesmo estar "meditando" sobre o risco de enfrentar o processo. A votação do relatório já mostrou que o PMDB está sozinho na defesa de Jader. O partido, que poderia estar dividido, votou em peso a favor do relatório.
Para piorar ainda mais a situação, ele fez duros ataques ao conselho durante seu pronunciamento de hoje, chamando a investigação de "palhaçada" e classificando o relatório como uma "farsa". Por conta disso, mesmo que não perca o mandato, Jader poderá responder por outro processo de quebra de decoro simplesmente por ter lançado ofensas ao Conselho de Ética.
Logo depois da aprovação do relatório, Jader seguiu para o Pará, onde deverá passar todo o final de semana "meditando". Antes de embarcar ele reiterou mais uma vez que não vai renunciar.
Amanhã, o presidente do conselho, Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), encaminhará o relatório à Mesa Diretora. Na segunda-feira, o presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS) deverá nomear o relator, que será escolhido entre os demais seis integrantes:
1º vice-presidente: Edison Lobão (PFL-MA)
2ºvice-presidente: Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
1º secretário: Carlos Wilson (PTB-PE)
2º secretário: Antero Paes de Barros (PSDB-MT)
3º secretário: Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB)
4º secretário: Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR)
Leia mais no especial Jader Barbalho
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