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02/10/2001
-
20h13
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Belém
O senador Jader Barbalho deve ir a Brasília na quinta-feira (4), segundo sua assessoria de imprensa informou hoje à tarde. Pela manhã, a informação era que Jader estaria na quarta-feira em Brasília. Jader vai entregar a carta de renúncia à Mesa Diretora do Senado.
O conteúdo da carta não foi revelada pelo senador. "Já disse tudo o que tinha a dizer ao Senado, que receberá um comunicado", disse Jader, em entrevista dada ontem a um programa da TV RBA, de propriedade da família Barbalho.
Ontem, pela primeira vez, o senador admitiu que vai renunciar. Ao contrário de seu principal inimigo político, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Jader optou por não fazer um discurso de despedida.
O ex-presidente do Senado passou o dia hoje em Belém reunido com assessores e advogados para definir o conteúdo da carta e os planos para as próximas eleições no ano que vem. Não deu declarações à imprensa.
Entre outras visitas, Jader recebeu o ex-superintendente da Sudam, Arthur Guedes Tourinho.
O pai e primeiro suplente do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), Laércio Barbalho, 82, defendeu hoje a renúncia de seu filho ao mandato e disse que não assumirá o cargo.
"Acho que ele [Jader] deve renunciar, pois já está certo que seu mandato será cassado", afirmou Laércio Barbalho. Junto com Jader, ele é acusado de ser beneficiário de verbas desviadas do Banpará (Banco do Estado do Pará), mas negou envolvimento no caso. "Nunca me beneficiei de nenhuma verba", disse Laércio.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos principais aliados de Jader, teria comunicado hoje à tarde ao presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS) sobre a renúncia de Jader.
Pelo regimento da Casa, a renúncia só se oficializa depois de o pedido ser publicado oficialmente no Diário do Senado.
Na TV
Na entrevista a sua TV, Jader disparou críticas ao PFL, ao PT, criticou o PSDB, mas não se posicionou contra FHC. Leia a seguir as principais frases de Jader no programa:
FHC e PSDB
"Se o presidente mandou tirar o meu tapete eu não sei, mas o PSDB tem fama de ficar em cima do muro. Não sei por que o partido resolveu descer do muro contra mim."
Eleições
"Sou favorável a candidato próprio pelo PMDB, mesmo sendo o governador Itamar Franco. As restrições pessoais devem ser colocadas de lado."
"No ano que vem estarei em todos os palanques do Estado do Pará."
Dossiês
"Não pretendo assumir postura de revanche."
CPI da Corrupção
Fui eu quem propôs a CPI da Corrupção e denunciei escândalos bilionários dos bancos Marka e FonteCindam, mas não sou dado a chantagens."
Ranário
"Estou aguardando uma vistoria no ranário proposta à Justiça Federal para provar que não houve qualquer irregularidade."
Sudam
"Isso é coisa do pessoal da área da Fazenda que há muito tempo queria acabar com o incentivo fiscal na Amazônia. Cerca de 40% dos incentivos fiscais ficaram em corretagem no grandes escritórios de São Paulo. E todo mundo está calado."
Banpará
"O relatório do Banco Central foi encomendado para inviabilizar minha candidatura ao governo do Estado em 1990."
Aliança PT e PFL
"Esse é um projeto de vingança política e só as criancinhas muito pequenininhas não sabem que esse é um jogo de cartas marcadas. O PFL se uniu ao PT para me derrubar. O PFL, por causa do meu confronto com o ACM. O PT porque tinha o compromisso dos pefelistas de excluir o líder petista no Senado, (José Eduardo) Dutra, do processo que apurava a violação do painel do Senado. Foi um teatrinho montado."
Leia mais no especial Jader Barbalho
Jader Barbalho deve entregar carta de renúncia na quinta-feira
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da Agência Folha, em Belém
O senador Jader Barbalho deve ir a Brasília na quinta-feira (4), segundo sua assessoria de imprensa informou hoje à tarde. Pela manhã, a informação era que Jader estaria na quarta-feira em Brasília. Jader vai entregar a carta de renúncia à Mesa Diretora do Senado.
O conteúdo da carta não foi revelada pelo senador. "Já disse tudo o que tinha a dizer ao Senado, que receberá um comunicado", disse Jader, em entrevista dada ontem a um programa da TV RBA, de propriedade da família Barbalho.
Ontem, pela primeira vez, o senador admitiu que vai renunciar. Ao contrário de seu principal inimigo político, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Jader optou por não fazer um discurso de despedida.
O ex-presidente do Senado passou o dia hoje em Belém reunido com assessores e advogados para definir o conteúdo da carta e os planos para as próximas eleições no ano que vem. Não deu declarações à imprensa.
Entre outras visitas, Jader recebeu o ex-superintendente da Sudam, Arthur Guedes Tourinho.
O pai e primeiro suplente do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), Laércio Barbalho, 82, defendeu hoje a renúncia de seu filho ao mandato e disse que não assumirá o cargo.
"Acho que ele [Jader] deve renunciar, pois já está certo que seu mandato será cassado", afirmou Laércio Barbalho. Junto com Jader, ele é acusado de ser beneficiário de verbas desviadas do Banpará (Banco do Estado do Pará), mas negou envolvimento no caso. "Nunca me beneficiei de nenhuma verba", disse Laércio.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos principais aliados de Jader, teria comunicado hoje à tarde ao presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS) sobre a renúncia de Jader.
Pelo regimento da Casa, a renúncia só se oficializa depois de o pedido ser publicado oficialmente no Diário do Senado.
Na TV
Na entrevista a sua TV, Jader disparou críticas ao PFL, ao PT, criticou o PSDB, mas não se posicionou contra FHC. Leia a seguir as principais frases de Jader no programa:
"Se o presidente mandou tirar o meu tapete eu não sei, mas o PSDB tem fama de ficar em cima do muro. Não sei por que o partido resolveu descer do muro contra mim."
"Sou favorável a candidato próprio pelo PMDB, mesmo sendo o governador Itamar Franco. As restrições pessoais devem ser colocadas de lado."
"No ano que vem estarei em todos os palanques do Estado do Pará."
"Não pretendo assumir postura de revanche."
Fui eu quem propôs a CPI da Corrupção e denunciei escândalos bilionários dos bancos Marka e FonteCindam, mas não sou dado a chantagens."
"Estou aguardando uma vistoria no ranário proposta à Justiça Federal para provar que não houve qualquer irregularidade."
"Isso é coisa do pessoal da área da Fazenda que há muito tempo queria acabar com o incentivo fiscal na Amazônia. Cerca de 40% dos incentivos fiscais ficaram em corretagem no grandes escritórios de São Paulo. E todo mundo está calado."
"O relatório do Banco Central foi encomendado para inviabilizar minha candidatura ao governo do Estado em 1990."
"Esse é um projeto de vingança política e só as criancinhas muito pequenininhas não sabem que esse é um jogo de cartas marcadas. O PFL se uniu ao PT para me derrubar. O PFL, por causa do meu confronto com o ACM. O PT porque tinha o compromisso dos pefelistas de excluir o líder petista no Senado, (José Eduardo) Dutra, do processo que apurava a violação do painel do Senado. Foi um teatrinho montado."
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