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04/07/2000 - 03h37

Estevão consegue adiar indiciamento

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VALÉRIA DE OLIVEIRA, da Folha de S.Paulo

O indiciamento do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF) na Polícia Federal foi adiado de ontem para hoje porque seus advogados entraram com uma petição para tentar sustar a medida. A PF indeferiu o pedido.

Estevão prestará depoimento hoje pela manhã ao delegado Luiz Carlos Zubcov, responsável pelo inquérito.

O ex-senador vai responder às acusações de envolvimento em desvio de verbas da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo.

O delegado Zubcov disse que existem provas que permitem o enquadramento do ex-senador por formação de quadrilha e peculato (desvio de dinheiro público com a ajuda de servidores).

Para tentar ganhar tempo, protelando o indiciamento, os advogados de Estevão pediram a transferência de seu processo judicial do STF (Supremo Tribunal Federal) para a 1ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, onde outros envolvidos no desvio de dinheiro das obras do fórum estão sendo processados.

Por esse trâmite, a Justiça Federal teria de pedir à PF de São Paulo o indiciamento de Estevão. Na petição, os advogados solicitaram ainda que o STF seja ouvido sobre o trâmite, o que demandaria mais tempo.

Os defensores do ex-senador alegaram que, ao ter o mandato cassado pelo Senado na semana passada, ele perdeu o privilégio de ser julgado pelo STF e deve ser submetido às instâncias inferiores da Justiça.

Como o processo envolve dinheiro da União, o foro é a Justiça Federal -no caso, de São Paulo.

Primeiramente, a PF chegou a informar que o depoimento do ex-senador havia sido suspenso em razão da petição apresentada por seus advogados. À tarde, uma nota oficial emitida pela divisão de comunicação social da PF informou que a solicitação dos advogados foi indeferida, e o depoimento foi remarcado para hoje.

No texto, a PF reitera que, durante o depoimento, será dado "cumprimento formal ao ato de indiciação nos artigos 288 e 312 do Código Penal".
Estevão não comentou o adiamento do indiciamento. "Não sou bacharel em direito." Ele também não quis falar sobre a possibilidade de a procuradora da República em São Paulo Janice Barreto Ascari pedir sua prisão preventiva.

O ex-senador foi preso, preventivamente, na última sexta-feira na superintendência da PF em Brasília por má gestão no Consórcio Planalto, do qual era proprietário. Ele saiu da prisão sábado por causa de um habeas corpus.

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