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09/10/2001
-
18h20
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Cabo de Santo Agostinho
Um dia após o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), admitir que já trabalha para viabilizar sua candidatura à Presidência da República, o ministro da Saúde e também presidenciável tucano, José Serra, afirmou que é candidato a, "no mínimo", uma vaga no Senado.
"O cargo ainda não sei, vou ver no ano que vem, mas disputarei [a eleição], com toda a certeza", declarou hoje o ministro, em Cabo de Santo Agostinho, município da Grande Recife escolhido para o lançamento do programa Bolsa-Alimentação em Pernambuco. O mandato de Serra no Senado termina no ano que vem.
Serra voltou a dar sinais de que pretende conquistar mais votos do que necessita para o Senado, onde sua permanência dependeria apenas dos eleitores paulistas.
Além de elogiar o governo, como fez em setembro em São José da Tapera (AL), durante o lançamento nacional do Bolsa-Alimentação, o ministro enalteceu seus feitos no ministério.
Em seu discurso, declarou que os programas de saúde que lançava não tinham "cor partidária" e que, no governo, tinha militância bipartidária. "Sou do PSDB e do 'partido da saúde'", declarou.
Em seguida, Serra ergueu uma criança e beijou sua testa em frente aos fotógrafos. A platéia, formada por cerca de 500 pessoas, aplaudiu. As palmas não seriam tantas, caso o cronograma inicial da solenidade não fosse alterado.
O evento estava marcado para acontecer em uma creche, mas foi transferido para uma quadra coberta do Sesi local, por determinação do próprio Ministério da Saúde, segundo a Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho.
A alegação, informou a prefeitura, foi de que haveria problemas de acesso e segurança na creche. Além disso, o local escolhido não comportaria o número de pessoas que estavam na quadra.
No Sesi, Serra foi saudado em faixas expostas no local e chamado de "ministro de alma nordestina" por seu colega de ministério, o pernambucano Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário), possível candidato peemedebista a deputado federal.
Após a solenidade, o ministro da Saúde defendeu a manutenção da aliança governista e a indicação de um candidato único da situação para a sucessão de FHC.
"A aliança é necessária, sem a menor dúvida", declarou. "Sobre quem vai ser candidato, é outra questão que será decidida conjuntamente", disse. "Tem que ser uma decisão de todos, não tenho dúvida disso."
Alagoas
À tarde, Serra lançou o Bolsa-Alimentação na cidade alagoana de Teotônio Vilela. Foi a segunda visita do ministro a Alagoas em menos de um mês.
Em discurso para deputados estaduais, prefeitos da região, estudantes e professores que foram liberados das aulas, ele anunciou a entrega de 2.014 benefícios.
Colaborou Eduardo de Oliveira, da Agência Folha.
Leia mais no especial Eleições 2002
Jereissati abandona cautela e começa a trabalhar candidatura
Serra admite que é candidato
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da Agência Folha, em Cabo de Santo Agostinho
Um dia após o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), admitir que já trabalha para viabilizar sua candidatura à Presidência da República, o ministro da Saúde e também presidenciável tucano, José Serra, afirmou que é candidato a, "no mínimo", uma vaga no Senado.
"O cargo ainda não sei, vou ver no ano que vem, mas disputarei [a eleição], com toda a certeza", declarou hoje o ministro, em Cabo de Santo Agostinho, município da Grande Recife escolhido para o lançamento do programa Bolsa-Alimentação em Pernambuco. O mandato de Serra no Senado termina no ano que vem.
Serra voltou a dar sinais de que pretende conquistar mais votos do que necessita para o Senado, onde sua permanência dependeria apenas dos eleitores paulistas.
Além de elogiar o governo, como fez em setembro em São José da Tapera (AL), durante o lançamento nacional do Bolsa-Alimentação, o ministro enalteceu seus feitos no ministério.
Em seu discurso, declarou que os programas de saúde que lançava não tinham "cor partidária" e que, no governo, tinha militância bipartidária. "Sou do PSDB e do 'partido da saúde'", declarou.
Em seguida, Serra ergueu uma criança e beijou sua testa em frente aos fotógrafos. A platéia, formada por cerca de 500 pessoas, aplaudiu. As palmas não seriam tantas, caso o cronograma inicial da solenidade não fosse alterado.
O evento estava marcado para acontecer em uma creche, mas foi transferido para uma quadra coberta do Sesi local, por determinação do próprio Ministério da Saúde, segundo a Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho.
A alegação, informou a prefeitura, foi de que haveria problemas de acesso e segurança na creche. Além disso, o local escolhido não comportaria o número de pessoas que estavam na quadra.
No Sesi, Serra foi saudado em faixas expostas no local e chamado de "ministro de alma nordestina" por seu colega de ministério, o pernambucano Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário), possível candidato peemedebista a deputado federal.
Após a solenidade, o ministro da Saúde defendeu a manutenção da aliança governista e a indicação de um candidato único da situação para a sucessão de FHC.
"A aliança é necessária, sem a menor dúvida", declarou. "Sobre quem vai ser candidato, é outra questão que será decidida conjuntamente", disse. "Tem que ser uma decisão de todos, não tenho dúvida disso."
Alagoas
À tarde, Serra lançou o Bolsa-Alimentação na cidade alagoana de Teotônio Vilela. Foi a segunda visita do ministro a Alagoas em menos de um mês.
Em discurso para deputados estaduais, prefeitos da região, estudantes e professores que foram liberados das aulas, ele anunciou a entrega de 2.014 benefícios.
Colaborou Eduardo de Oliveira, da Agência Folha.
Leia mais no especial Eleições 2002
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