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18/10/2001
-
07h05
RONALD FREITAS
da Folha de S.Paulo
O promotor Sílvio Marques, do Ministério Público de São Paulo, apura a possibilidade de o dinheiro depositado em contas cujos beneficiários são o ex-prefeito Paulo Maluf e seus familiares tenha sido transferido do Citibank para o Deutsche Morgan Grenfell, na ilha de Jersey.
A família Maluf tem negado a posse ou a condição de beneficiária de contas no exterior. O governo da Suíça, entretanto, confirmou às autoridades brasileiras a abertura das contas na agência do Citibank em Genebra, em 1985. O dinheiro foi transferido para o Citibank de Jersey em 1997.
A origem do dinheiro está sendo investigada pelo Ministério Público Federal. A Procuradoria da República suspeita que haja relação entre o dinheiro remetido para o exterior e as irregularidades na emissão de LFTM (Letras Financeiras do Tesouro Municipal) para o pagamento de precatórios, na gestão Maluf (93-96).
Maluf, Pitta e o ex-coordenador da Dívida Pública do Município Wagner Ramos são réus numa ação da Justiça Federal por falsidade ideológica, acusados de mandar informações falsas ao Senado e ao Banco Central, que autorizaram a emissão de títulos em valor superior ao dos precatórios. Pitta era secretário de Finanças na gestão Maluf.
Maluf, Pitta e Ramos alegam em sua defesa justamente o endosso da operação dado pelo BC e pelos senadores. Na mesma ação, o ex-prefeito é acusado de crime de responsabilidade. No Ministério Público Estadual, a suspeita é de que o dinheiro depositado no exterior seja fruto do superfaturamento de obras viárias realizadas na gestão do ex-prefeito. O ex-prefeito nega as irregularidades.
Depoimentos
Ontem, a ex-primeira-dama Sylvia Maluf e a filha mais velha do casal Maluf, Lígia, depuseram na Promotoria paulista no inquérito que apura a existência das contas no exterior. As duas limitaram-se a responder às perguntas do promotor Marques com "nada a declarar".
Elas repetiram a estratégia da defesa, adotada na última segunda-feira por Lina, Otávio e Jacqueline Maluf. A família cala-se para não correr o risco de produzir provas contra si. Esse direito é constitucional. Maluf e o filho Flávio, presidente da Eucatex S/A, vão depor no próximo dia 22.
Procuradoria investiga se Maluf transferiu dinheiro
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da Folha de S.Paulo
O promotor Sílvio Marques, do Ministério Público de São Paulo, apura a possibilidade de o dinheiro depositado em contas cujos beneficiários são o ex-prefeito Paulo Maluf e seus familiares tenha sido transferido do Citibank para o Deutsche Morgan Grenfell, na ilha de Jersey.
A família Maluf tem negado a posse ou a condição de beneficiária de contas no exterior. O governo da Suíça, entretanto, confirmou às autoridades brasileiras a abertura das contas na agência do Citibank em Genebra, em 1985. O dinheiro foi transferido para o Citibank de Jersey em 1997.
A origem do dinheiro está sendo investigada pelo Ministério Público Federal. A Procuradoria da República suspeita que haja relação entre o dinheiro remetido para o exterior e as irregularidades na emissão de LFTM (Letras Financeiras do Tesouro Municipal) para o pagamento de precatórios, na gestão Maluf (93-96).
Maluf, Pitta e o ex-coordenador da Dívida Pública do Município Wagner Ramos são réus numa ação da Justiça Federal por falsidade ideológica, acusados de mandar informações falsas ao Senado e ao Banco Central, que autorizaram a emissão de títulos em valor superior ao dos precatórios. Pitta era secretário de Finanças na gestão Maluf.
Maluf, Pitta e Ramos alegam em sua defesa justamente o endosso da operação dado pelo BC e pelos senadores. Na mesma ação, o ex-prefeito é acusado de crime de responsabilidade. No Ministério Público Estadual, a suspeita é de que o dinheiro depositado no exterior seja fruto do superfaturamento de obras viárias realizadas na gestão do ex-prefeito. O ex-prefeito nega as irregularidades.
Depoimentos
Ontem, a ex-primeira-dama Sylvia Maluf e a filha mais velha do casal Maluf, Lígia, depuseram na Promotoria paulista no inquérito que apura a existência das contas no exterior. As duas limitaram-se a responder às perguntas do promotor Marques com "nada a declarar".
Elas repetiram a estratégia da defesa, adotada na última segunda-feira por Lina, Otávio e Jacqueline Maluf. A família cala-se para não correr o risco de produzir provas contra si. Esse direito é constitucional. Maluf e o filho Flávio, presidente da Eucatex S/A, vão depor no próximo dia 22.
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