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27/10/2001 - 07h34

CPI recebe fita que indica relação entre petistas e jogo do bicho

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

A vinculação entre o governo petista do Rio Grande do Sul e o jogo do bicho, investigada pela CPI da Segurança Pública, recebeu ontem um reforço: diálogo gravado entre o diretor do Clube de Seguros da Cidadania -empresa criada por petistas e simpatizantes do PT que ajudou a arrecadar verbas para a campanha de Olívio-, Diógenes de Oliveira, e o ex-chefe de polícia Luiz Fernando Tubino mostra, em alguns trechos o vínculo existente entre banqueiros e o PT.

"Ao longo da campanha do Olívio, da outra do Tarso (Genro) e das outras, sempre tivemos relação muito boa, muito estreita, com esse pessoal (...) do jogo do bicho", disse Oliveira. "Conheço os caras, o Olívio conhece. O que estou dizendo, conversando contigo por determinação do Olívio (...) é para tu saberes dessas relações que nós temos com esse pessoal, desde que eles não interfiram no crime organizado."

As suspeitas dos deputados cresceram em razão dos descompassos entre a lista dos seus colaboradores que teriam financiado a campanha do governador Olívio Dutra em 1998 e as declarações de algumas dessas pessoas.

Para mostrar à CPI que não recebeu dinheiro ilícito, a empresa citou 24 colaboradores. Alguns deles, como a empresa Marcopolo e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, porém, contradisseram o Clube de Seguros.

Segundo o líder do PT na Assembléia, Ivar Pavan, tais depoimentos comprovam que a verba de campanha e a compra da nova sede do PT, na avenida Farrapos, originaram-se de doações lícitas, e não do jogo do bicho.

A desconfiança em relação a bicheiros surgiu quando quatro delegados disseram ter ouvido no início de 1999, do então chefe de Polícia, Luiz Fernando Tubino, que o dinheiro repassado pelos banqueiros do jogo não ficaria mais com a polícia, mas sim com o governo do Estado. Tubino nega essa versão.
 

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