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31/10/2001 - 10h35

PT não é uma "comunidade de anjos", diz Tarso Genro

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da Agência Folha, em Porto Alegre

O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), vai defender modificações em alguns procedimentos internos do partido em razão das denúncias contra o partido levantadas na CPI da Segurança Pública na Assembléia Legislativa do Estado.

"O PT não é uma comunidade de anjos, e nenhuma comunidade é uma comunidade de anjos aqui na Terra", disse. O partido está sendo acusado de ter vínculos com o jogo do bicho e de ter recebido doações de bicheiros para a campanha a governador de Olívio Dutra, eleito para o cargo em 98.

"O PT muitas vezes faz da questão ética e moral o centro da discussão, mas ela não deve ser o centro, deve ser a base. O fundamento da política deve ser ético e moral, mas a discussão exclusivamente ética e moral não deve ser o centro", declarou Tarso.

Tarso Genro disse que a investigação a respeito da possível vinculação do PT com o jogo do bicho será usada, certamente, tanto em futuras campanhas locais como na campanha presidencial do partido no próximo ano.
Em relação ainda ao processo eleitoral, Tarso afirmou considerar grave o fato de que o processo eleitoral "pode ser despolitizado", com as questões ideológicas ficando de lado.

"Foi assim que o Collor [o ex-presidente Fernando Collor de Mello] ganhou a eleição [em 1989], dizendo que era o caçador de marajás e que o Sarney [o ex-presidente José Sarney] era ladrão", disse o prefeito, que em 1998 perdeu para Olívio Dutra a prévia que indicou o candidato do partido ao governo do Estado.

Tarso classifica a situação vivida pelo atual governo gaúcho como "uma lição" e diz considerar importante aperfeiçoar os "mecanismos internos de controle" no PT, para controlar as relações institucionais com entidades privadas, entre elas o Clube de Seguros e Cidadania, presidido por Diógenes Oliveira, pivô da crise.



 

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