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15/11/2001
-
06h56
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A posse dos três ministros no Palácio do Planalto foi uma solenidade típica de fim de governo, a começar pelo fato de os empossados serem tampões -precisam deixar os cargos até abril do ano que vem, pois são candidatos.
Outro indicativo do clima de fim de festa foi o fato de permanecerem duas vagas para ministro: dos Transportes, deixada ontem por Eliseu Padilha, e da Secretaria de Comunicação, recusada na última hora pelo publicitário Luiz Macedo.
Padilha compareceu ao evento no Planalto já na condição de ex-ministro. Pouco antes, havia transmitido o cargo para o secretário-executivo do ministério, Alderico Lima, que deverá permanecer como ministro interino até o ano que vem. O nome do novo ministro vai depender dos rumos que o PMDB tomar na sucessão presidencial.
Na Secretaria de Comunicação, permanece o ministro Andrea Matarazzo, cujo nome já foi aprovado pelo Senado para a Embaixada do Brasil na Itália. Ele aguarda a escolha de um substituto para assumir o novo cargo.
O presidente Fernando Henrique Cardoso repetiu: "Temos ainda um ano de governo. É muito tempo". Ao contemplar o salão repleto para a posse, com cerca de 800 convidados, segundo a segurança do Planalto, FHC exagerou: "Dir-se-ia que estamos iniciando o governo".
Os convidados eram praticamente todos desconhecidos. Segundo o cerimonial, havia muitos prefeitos e lideranças políticas regionais. A julgar pelos aplausos, Arthur Virgílio foi quem mais levou convidados para a cerimônia. Ele foi ovacionado.
Havia ainda a presença inusitada da empresária e socialite carioca Vera Loyola, amiga do ministro Ney Suassuna, seu vizinho na Barra da Tijuca (RJ), e os atores Walmor Chagas, Tônia Carrero e Guilherme Fontes, que andava de um lado para o outro puxando a namorada pela mão.
Vera Loyola disse que foi prestigiar Suassuna porque ele "representa muito bem tanto a Paraíba quanto o Rio de Janeiro e vai fazer muito pelo Brasil inteiro". Apesar de ser senador pela Paraíba, Suassuna mora no Rio.
Walmor Chagas disse que ele e seus colegas artistas estavam lá para prestigiar a posse do deputado Arthur Virgílio na Secretaria Geral da Presidência. Questionado sobre a ligação desse cargo com o mundo artístico, afirmou que "é um cargo-chave na Presidência, que tem muita ligação com a cultura e principalmente com a educação".
Walmor Chagas negou que o grupo tenha interesse em algum projeto específico, como o filme de Guilherme Fontes ("Chatô"), e elogiou a posição "valente" de Arthur Virgílio no Congresso.
Em seu discurso, FHC trocou o nome do secretário de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, embaixador Gilberto Saboia, que chamou de Amorim, corrigindo-se em seguida. Aproveitou para anunciar que Saboia seria substituído pelo cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, coordenador do núcleo de estudos da violência da USP.
(WILSON SILVEIRA)
"Temos ainda um ano de governo", diz presidente
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A posse dos três ministros no Palácio do Planalto foi uma solenidade típica de fim de governo, a começar pelo fato de os empossados serem tampões -precisam deixar os cargos até abril do ano que vem, pois são candidatos.
Outro indicativo do clima de fim de festa foi o fato de permanecerem duas vagas para ministro: dos Transportes, deixada ontem por Eliseu Padilha, e da Secretaria de Comunicação, recusada na última hora pelo publicitário Luiz Macedo.
Padilha compareceu ao evento no Planalto já na condição de ex-ministro. Pouco antes, havia transmitido o cargo para o secretário-executivo do ministério, Alderico Lima, que deverá permanecer como ministro interino até o ano que vem. O nome do novo ministro vai depender dos rumos que o PMDB tomar na sucessão presidencial.
Na Secretaria de Comunicação, permanece o ministro Andrea Matarazzo, cujo nome já foi aprovado pelo Senado para a Embaixada do Brasil na Itália. Ele aguarda a escolha de um substituto para assumir o novo cargo.
O presidente Fernando Henrique Cardoso repetiu: "Temos ainda um ano de governo. É muito tempo". Ao contemplar o salão repleto para a posse, com cerca de 800 convidados, segundo a segurança do Planalto, FHC exagerou: "Dir-se-ia que estamos iniciando o governo".
Os convidados eram praticamente todos desconhecidos. Segundo o cerimonial, havia muitos prefeitos e lideranças políticas regionais. A julgar pelos aplausos, Arthur Virgílio foi quem mais levou convidados para a cerimônia. Ele foi ovacionado.
Havia ainda a presença inusitada da empresária e socialite carioca Vera Loyola, amiga do ministro Ney Suassuna, seu vizinho na Barra da Tijuca (RJ), e os atores Walmor Chagas, Tônia Carrero e Guilherme Fontes, que andava de um lado para o outro puxando a namorada pela mão.
Vera Loyola disse que foi prestigiar Suassuna porque ele "representa muito bem tanto a Paraíba quanto o Rio de Janeiro e vai fazer muito pelo Brasil inteiro". Apesar de ser senador pela Paraíba, Suassuna mora no Rio.
Walmor Chagas disse que ele e seus colegas artistas estavam lá para prestigiar a posse do deputado Arthur Virgílio na Secretaria Geral da Presidência. Questionado sobre a ligação desse cargo com o mundo artístico, afirmou que "é um cargo-chave na Presidência, que tem muita ligação com a cultura e principalmente com a educação".
Walmor Chagas negou que o grupo tenha interesse em algum projeto específico, como o filme de Guilherme Fontes ("Chatô"), e elogiou a posição "valente" de Arthur Virgílio no Congresso.
Em seu discurso, FHC trocou o nome do secretário de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, embaixador Gilberto Saboia, que chamou de Amorim, corrigindo-se em seguida. Aproveitou para anunciar que Saboia seria substituído pelo cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, coordenador do núcleo de estudos da violência da USP.
(WILSON SILVEIRA)
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