Publicidade
Publicidade
16/11/2001
-
06h55
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT), pediu ontem que o relatório da CPI da Segurança Pública gaúcha seja enviado "imediatamente" ao Ministério Público. O relatório, aprovado anteontem na comissão por 10 votos a 2, recomendou o indiciamento de Olívio sob acusação de crime de responsabilidade e improbidade administrativa.
O relatório agora vai ser votado pelo plenário da Assembléia. Para ser aprovado, precisa de maioria simples. O PT tem apenas 12 dos 55 deputados.
De acordo com o governador, no Ministério Público os elementos apurados pela CPI "não serão analisados com ressentimentos". O procurador-geral do Estado, Cláudio Barros Silva, que chefia o Ministério Público, foi indicado pelo governador, a partir de uma lista tríplice apresentada por integrantes do Ministério Público.
"Repudiamos essa tentativa de golpe dos que têm maioria no Parlamento e não se conformam com a nossa vitória em 1998", disse Olívio, ontem pela manhã, para um grupo de centenas de pessoas dentro do saguão do Palácio Piratini, sede do governo.
Tratou-se de uma espécie de ato público, com a presença de secretários de Estado e dos prefeitos Tarso Genro (Porto Alegre) e Fernando Marroni (Pelotas). Todos procuravam mostrar a unidade do partido em torno de Olívio. "Não tememos eventuais processos de impeachment", disse o governador.
Campanha
Olívio chegou a propor que o PT arrecade dinheiro com filiados para a compra de um prédio para o diretório regional. O atual prédio foi cedido em comodato -empréstimo gratuito- pelo Clube de Seguros da Cidadania, presidido pelo petista Diógenes de Oliveira, um dos pivôs da crise que atingiu o governo.
Olívio afirmou que Oliveira realizou um ato "repudiável" quando usou indevidamente seu nome para pedir ao ex-chefe de polícia Luiz Fernando Tubino menos rigor na repressão ao jogo do bicho.
Oliveira teve seu indiciamento pedido pela CPI sob acusação de
estelionato e formação de quadrilha. Ele será ouvido amanhã na Comissão de Ética do PT gaúcho que analisa seu comportamento no caso e pode ser advertido, suspenso ou expulso do partido.
O PT gaúcho também começará amanhã uma série de atos em desagravo a Olívio pelas principais cidades do Estado. Amanhã, será em Santa Rosa e Santo Ângelo. O final dos atos ocorrerá em Porto Alegre, em dezembro. A data ainda será definida.
Leia mais Em nota, Dirceu diz que relatório de CPI é "farsa"
Não tememos o impeachment, diz Olívio
Publicidade
da Agência Folha, em Porto Alegre
O governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT), pediu ontem que o relatório da CPI da Segurança Pública gaúcha seja enviado "imediatamente" ao Ministério Público. O relatório, aprovado anteontem na comissão por 10 votos a 2, recomendou o indiciamento de Olívio sob acusação de crime de responsabilidade e improbidade administrativa.
O relatório agora vai ser votado pelo plenário da Assembléia. Para ser aprovado, precisa de maioria simples. O PT tem apenas 12 dos 55 deputados.
De acordo com o governador, no Ministério Público os elementos apurados pela CPI "não serão analisados com ressentimentos". O procurador-geral do Estado, Cláudio Barros Silva, que chefia o Ministério Público, foi indicado pelo governador, a partir de uma lista tríplice apresentada por integrantes do Ministério Público.
"Repudiamos essa tentativa de golpe dos que têm maioria no Parlamento e não se conformam com a nossa vitória em 1998", disse Olívio, ontem pela manhã, para um grupo de centenas de pessoas dentro do saguão do Palácio Piratini, sede do governo.
Tratou-se de uma espécie de ato público, com a presença de secretários de Estado e dos prefeitos Tarso Genro (Porto Alegre) e Fernando Marroni (Pelotas). Todos procuravam mostrar a unidade do partido em torno de Olívio. "Não tememos eventuais processos de impeachment", disse o governador.
Campanha
Olívio chegou a propor que o PT arrecade dinheiro com filiados para a compra de um prédio para o diretório regional. O atual prédio foi cedido em comodato -empréstimo gratuito- pelo Clube de Seguros da Cidadania, presidido pelo petista Diógenes de Oliveira, um dos pivôs da crise que atingiu o governo.
Olívio afirmou que Oliveira realizou um ato "repudiável" quando usou indevidamente seu nome para pedir ao ex-chefe de polícia Luiz Fernando Tubino menos rigor na repressão ao jogo do bicho.
Oliveira teve seu indiciamento pedido pela CPI sob acusação de
estelionato e formação de quadrilha. Ele será ouvido amanhã na Comissão de Ética do PT gaúcho que analisa seu comportamento no caso e pode ser advertido, suspenso ou expulso do partido.
O PT gaúcho também começará amanhã uma série de atos em desagravo a Olívio pelas principais cidades do Estado. Amanhã, será em Santa Rosa e Santo Ângelo. O final dos atos ocorrerá em Porto Alegre, em dezembro. A data ainda será definida.
Leia mais Em nota, Dirceu diz que relatório de CPI é "farsa"
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice