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07/12/2001 - 06h50

Saia de senadora divide atenção com 2002

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RAQUEL ULHÔA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Em clima descontraído, o jantar de confraternização oferecido pelo presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), anteontem à noite, teve a sucessão presidencial como pano de fundo, apesar das conversas marcadas por amenidades.

Mas a sensação do jantar foi a senadora Heloísa Helena (PT-AL), 39, que trocou a habitual calça jeans por um conjunto de saia e blusa preto.
Desde que tomou posse, Heloísa Helena adotou, como uniforme, calça jeans e blusa branca.

De brincadeira, os colegas haviam feito uma aposta: venceria o primeiro que visse as pernas da petista.

Quando ela chegou ao jantar usando saia, acompanhada dos senadores Carlos Wilson (PTB-PE) e Paulo Hartung (PSB-ES), o líder do governo no Senado, Artur da Távola (PSDB-RJ), protestou: "Você fez uma aparição coletiva, para que ninguém vencesse a aposta".

A senadora desdenhou do sucesso. "Os homens são ludibriados com uma boa meia fina. O conjunto era simples, não havia brilho e eu não estava usando jóia. Estão fazendo onda comigo", disse.

Para ser apresentado à senadora Heloísa Helena, FHC precisou tomar a iniciativa. "Todos os senadores querem me apresentar a você. Vim me apresentar", disse o presidente, aproximando-se da petista. Artur da Távola tentara em vão levá-la até FHC.

O jantar reuniu mais de cem pessoas, entre elas cerca de 50 senadores, os presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio de Mello, e da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, e o vice-presidente Marco Maciel.

FHC exibia bom humor. Quando o presidente do STF chegou, ouviu dele o seguinte comentário: "Eu sou o presidente da República, mas quem manda em mim é o Marco Aurélio. Você precisa parar de mandar em mim, Marco Aurélio".

O senador José Sarney (PMDB-AP) fez campanha explícita pela candidatura da filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), à Presidência. E chegou a ter uma conversa reservada com FHC.

Sarney circulou pelas rodas de senadores, independentemente dos partidos, elogiando a filha. Tentava convencer parlamentares de oposição a conhecer Roseana, argumentando que ela tem "conteúdo" e não é apenas produto de marketing.

FHC também chamou Jorge Bornhausen, presidente do PFL, para uma conversa reservada. O pefelista manifestara a colegas insatisfação com a ofensiva do governo a favor da candidatura do ministro José Serra (Saúde).

Estava irritado com a possibilidade de nomeação do assessor de Serra -João Roberto Vieira da Costa- para controlar a verba de publicidade e a propaganda do governo.

Na mesa principal, Tebet conversou com FHC sobre a correção da tabela do Imposto de Renda. O presidente disse que teria no dia seguinte (ontem) uma conversa com a equipe econômica para examinar o que poderia ser feito.

Leia mais no especial Eleições 2002
 

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