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21/12/2001 - 07h01

Alckmin anuncia pela 1ª vez apoio a Serra

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SANDRA BRASIL
JULIA DUAILIBI
PALOMA COTES

da Folha de S.Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu ontem publicamente pela primeira vez a candidatura do ministro José Serra (Saúde) à Presidência.

Até anteontem Alckmin mantinha uma posição de neutralidade em relação à escolha do candidato tucano. A declaração de Alckmin aconteceu 12 horas depois de ele ter participado do jantar do presidente Fernando Henrique Cardoso com os governadores do PSDB.

No jantar, o governador Dante de Oliveira (MT) disse não ser mais pré-candidato. O governador Tasso Jereissati (CE) aproveitou o encontro para formalizar a suspensão da sua pré-candidatura. Mesmo ausente, Serra foi o grande vitorioso do jantar, que o consagrou como o único tucano pré-candidato no momento.

"Se queremos um partido unido e coeso, devemos prestigiar as nossas lideranças que postulam a candidatura à Presidência. Temos obrigação e vamos prestigiar. É o José Serra", disse Alckmin.

No entanto, o governador reafirmou ser contrário à antecipação do debate sucessório. Disse que o assunto só deve ser tratado na pré-convenção do PSDB, marcada para o dia 24 de fevereiro.

Diante do resultado do jantar de FHC, a família Covas, que lançou a pré-candidatura de Tasso em outubro, também se engajou na campanha por Serra. Renata Covas, filha do governador Mário Covas, morto em março, explicou a nova atitude da família: "Para nós, o melhor candidato tucano era o governador Tasso, mas sempre afirmamos que apoiaríamos o candidato do partido. Agora, só há um nome: José Serra".

Renata afirmou que a família Covas só não trabalhará por Serra se isso for motivo de "constrangimento" para o ministro. Defendeu que a campanha de Serra comece em janeiro."Vamos colocar a campanha na rua em janeiro."

Informado da declaração de Alckmin sobre Serra, o presidente estadual do PSDB, Edson Aparecido, disse que reunirá, em janeiro, a Executiva do partido para traçar um plano de ação pró-Serra. "O governador ligou as turbinas. Na medida em que Tasso retirou a candidatura, não há o que discutir", afirmou o presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, Walter Feldman (PSDB).

Além do jantar, outro fato contribuiu para a manifestação de Alckmin pró-Serra: o apoio das bancadas tucanas federal e estadual ao ministro.

Tasso
Em Fortaleza, Tasso disse que Serra, precisa "assumir que é candidato" para deslanchar nas pesquisas. "Se eu fosse o candidato do partido", disse Tasso, "chegaria mais perto do povo".

"Agora não tem mais ninguém atrapalhando a candidatura do Serra. Ele pode usar de todas as facilidades da estrutura [do governo" para se beneficiar", afirmou.

Tasso disse que não dirá a Serra como melhorar o desempenho porque, segundo ele, seus conselhos "não estão sendo aceitos pelo partido". O governador cearense negou que tenha desistido em definitivo de se candidatar à Presidência. "Só a morte é definitiva. Meu nome continua à disposição do partido", disse. Tasso disse que só trabalhará pela candidatura de Serra "quando ele se assumir [como candidato]". Ele disse ainda estar "impressionado" com o crescimento de Roseana Sarney (PFL), nas pesquisas.

Leia mais no especial Eleições 2002
 

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