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23/12/2001
-
07h41
da Folha de S.Paulo
A estratégia de governo de Geraldo Alckmin (PSDB) para 2002 vai do populismo às obras de alta tecnologia. A região de Ribeirão Preto, por exemplo, vai receber, entre outras coisas, um restaurante popular e uma fábrica de aviões da Embraer.
O restaurante, da rede Bom Prato, cobra R$ 1 por refeição. Já existem cinco dessas unidades na capital de São Paulo -o sexto restaurante será inaugurado amanhã, no bairro da Lapa- e outras 14 serão inauguradas em 2002, sendo oito no interior.
Na região, a obra será feita em Ribeirão Preto. O prazo para a inauguração ainda não foi definido, mas é certo que será entre março e dezembro.
O governo estadual já está procurando um local para instalar o restaurante, que será administrado pela empresa privada que vencer uma licitação aberta pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Os outros restaurantes do interior serão em Carapicuíba, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos.
O governo pretende se mostrar mais popular em seu último ano. Alckmin, que assumiu a cadeira definitivamente em março, após a morte do governador Mário Covas, é bastante conhecido na capital -ele foi candidato a prefeito de São Paulo no ano passado e ficou em terceiro lugar- e no Vale do Paraíba -já foi prefeito de Pindamonhangaba-, mas as pesquisas internas do PSDB mostram que seu nome não tem grande penetração no interior do Estado.
Mostras dessa nova estratégia tucana foram dadas pelo próprio governador na terça-feira, em Batatais. O prefeito da cidade, o petista Fernando Ferreira, fez publicamente 15 pedidos ao governador. De imediato, Alckmin atendeu 11 deles.
Foram cem casas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), uma camionete S-10 para funcionar como ambulância, asfaltamento de uma estrada vicinal e de uma rua, um barracão metálico para uma cooperativa e dinheiro para obras de ambiente e infra-estrutura. Tudo isso de uma só vez e diante de aproximadamente mil pessoas, que lotavam a praça central da cidade.
Alckmin concedeu ainda R$ 100 mil para a reforma da igreja Bom Jesus da Cana Verde, que abriga o maior acervo de obras de Candido Portinari em um só lugar. O padre Elói Pupin queria R$ 200 mil e o governador disse que depois que a prefeitura prestar contas da primeira etapa da obra o Estado pode dar a outra parte.
Para justificar, o governador alegou que Batatais é uma estância turística reconhecida pelo governo do Estado. "O turismo vai crescer no Brasil. Depois do ataque terrorista [de 11 de setembro aos Estados Unidos], muita gente que não conhecia o Brasil, mas ia para Miami, vai fazer turismo interno", afirmou o tucano.
No mesmo evento, Alckmin fez ainda a entrega simbólica de 260 kg de remédio do programa Dose Certa.
Os medicamentos são fabricados pela Furp (Fundação para o Remédio Popular), entidade ligada ao governo do Estado, e distribuídos de graça na rede pública de saúde. Por onde passa, o governador deixa um lote desses remédios.
É bem verdade que nem só de populismo vive o governo do Estado. No início de janeiro, Alckmin vai inaugurar duas penitenciárias em Serra Azul. As obras fazem parte de um conjunto de 11 penitenciárias que serão usadas para desativar a Casa de Detenção do Carandiru.
O próprio governador já enfrentou manifestações de moradores de Serra Azul e de Serrana contra a implantação das unidades durante visitas que fez a Ribeirão neste ano, mas não mudou de opinião.
Além disso, serão feitas as reformas das cadeias públicas de Araraquara e de Vila Branca, em Ribeirão, que vão se tornar presídios femininos. Ribeirão e Sertãozinho vão receber ainda unidades da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).
Terça-feira, em Araraquara, Alckmin inaugurou uma unidade da Febem e o Centro de Ressocialização da cidade, uma espécie de penitenciária para presos que cumprem penas leves.
O governador aproveitou a viagem para autorizar o asfaltamento da rua que liga a rodovia Antônio Machado Sant'Anna à unidade da Febem.
Governo do Estado de São Paulo adota estratégia populista para 2002
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A estratégia de governo de Geraldo Alckmin (PSDB) para 2002 vai do populismo às obras de alta tecnologia. A região de Ribeirão Preto, por exemplo, vai receber, entre outras coisas, um restaurante popular e uma fábrica de aviões da Embraer.
O restaurante, da rede Bom Prato, cobra R$ 1 por refeição. Já existem cinco dessas unidades na capital de São Paulo -o sexto restaurante será inaugurado amanhã, no bairro da Lapa- e outras 14 serão inauguradas em 2002, sendo oito no interior.
Na região, a obra será feita em Ribeirão Preto. O prazo para a inauguração ainda não foi definido, mas é certo que será entre março e dezembro.
O governo estadual já está procurando um local para instalar o restaurante, que será administrado pela empresa privada que vencer uma licitação aberta pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Os outros restaurantes do interior serão em Carapicuíba, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos.
O governo pretende se mostrar mais popular em seu último ano. Alckmin, que assumiu a cadeira definitivamente em março, após a morte do governador Mário Covas, é bastante conhecido na capital -ele foi candidato a prefeito de São Paulo no ano passado e ficou em terceiro lugar- e no Vale do Paraíba -já foi prefeito de Pindamonhangaba-, mas as pesquisas internas do PSDB mostram que seu nome não tem grande penetração no interior do Estado.
Mostras dessa nova estratégia tucana foram dadas pelo próprio governador na terça-feira, em Batatais. O prefeito da cidade, o petista Fernando Ferreira, fez publicamente 15 pedidos ao governador. De imediato, Alckmin atendeu 11 deles.
Foram cem casas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), uma camionete S-10 para funcionar como ambulância, asfaltamento de uma estrada vicinal e de uma rua, um barracão metálico para uma cooperativa e dinheiro para obras de ambiente e infra-estrutura. Tudo isso de uma só vez e diante de aproximadamente mil pessoas, que lotavam a praça central da cidade.
Alckmin concedeu ainda R$ 100 mil para a reforma da igreja Bom Jesus da Cana Verde, que abriga o maior acervo de obras de Candido Portinari em um só lugar. O padre Elói Pupin queria R$ 200 mil e o governador disse que depois que a prefeitura prestar contas da primeira etapa da obra o Estado pode dar a outra parte.
Para justificar, o governador alegou que Batatais é uma estância turística reconhecida pelo governo do Estado. "O turismo vai crescer no Brasil. Depois do ataque terrorista [de 11 de setembro aos Estados Unidos], muita gente que não conhecia o Brasil, mas ia para Miami, vai fazer turismo interno", afirmou o tucano.
No mesmo evento, Alckmin fez ainda a entrega simbólica de 260 kg de remédio do programa Dose Certa.
Os medicamentos são fabricados pela Furp (Fundação para o Remédio Popular), entidade ligada ao governo do Estado, e distribuídos de graça na rede pública de saúde. Por onde passa, o governador deixa um lote desses remédios.
É bem verdade que nem só de populismo vive o governo do Estado. No início de janeiro, Alckmin vai inaugurar duas penitenciárias em Serra Azul. As obras fazem parte de um conjunto de 11 penitenciárias que serão usadas para desativar a Casa de Detenção do Carandiru.
O próprio governador já enfrentou manifestações de moradores de Serra Azul e de Serrana contra a implantação das unidades durante visitas que fez a Ribeirão neste ano, mas não mudou de opinião.
Além disso, serão feitas as reformas das cadeias públicas de Araraquara e de Vila Branca, em Ribeirão, que vão se tornar presídios femininos. Ribeirão e Sertãozinho vão receber ainda unidades da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).
Terça-feira, em Araraquara, Alckmin inaugurou uma unidade da Febem e o Centro de Ressocialização da cidade, uma espécie de penitenciária para presos que cumprem penas leves.
O governador aproveitou a viagem para autorizar o asfaltamento da rua que liga a rodovia Antônio Machado Sant'Anna à unidade da Febem.
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