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05/01/2002 - 18h40

Silvio Santos estaria em 2º lugar se fosse candidato do PFL

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da Folha de S.Paulo

Depois de monopolizar as atenções no ano passado, por conta do sequestro duplo de sua filha e dele próprio e do sucesso do programa "Casa dos Artistas", o empresário e apresentador de televisão Silvio Santos voltou a flertar com o antigo sonho de se candidatar à Presidência da República.

Colocado, apenas por hipótese, como candidato do PFL em pesquisa do Datafolha, Silvio obtém 15% ou 16% dos votos, conforme o cenário. É o que mais se aproxima da performance da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), que atinge 21% ou 22%.

O empresário ficaria tecnicamente empatado com o governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB). Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, Silvio pode ter entre 13% e 17% dos votos, e Garotinho, entre 10% e 14%. Ciro Gomes (PPS) aparece com percentual entre 9% e 13%. Sem Itamar Franco (PMDB) na disputa, os três oscilam um ponto percentual positivamente.

Por três vezes, Silvio Santos, 71, tentou iniciar carreira na política. A primeira foi em 1988, quando discutiu com o PFL a possibilidade de ser candidato a prefeito de São Paulo. Desistiu ao perceber que os pefelistas preferiam apoiar o então candidato do PMDB, João Leiva.

Na reta final da campanha de 1989, pefelistas tentaram colocar Silvio no lugar de Aureliano Chaves como candidato a presidente pelo partido. O então ministro das Comunicações, Antonio Carlos Magalhães, inviabilizou a tentativa.

Silvio Santos tentou então ser presidente pelo PMB (Partido Municipalista Brasileiro), uma legenda nanica cujo candidato, o pastor evangélico Armando Corrêa, renunciou em seu favor. O Tribunal Superior Eleitoral impediu a candidatura do PMB, porque o partido não realizou convenções em nove Estados, como determinava a lei.

Em 1992, voltou a articular sua candidatura à Prefeitura de São Paulo pelo PFL. Desistiu no dia em que se realizava a convenção que o efetivaria candidato, alegando discordar do comportamento de pefelistas que brigaram no local do encontro.

O empresário vive um dos períodos de maior exposição pública de sua carreira. A emissora do qual é proprietário ampliou em 42% sua média de audiência no horário nobre, de janeiro à primeira quinzena de dezembro de 2001, graças a programas populares como "Casa dos Artistas" e novelas mexicanas.

No dia 30 de agosto, foi mantido como refém por sete horas pelo sequestrador Fernando Dutra Pinto, morto na quarta-feira passada. Pinto havia libertado a filha de Silvio, Patrícia Abravanel, dois dias antes.

Ela passou 35 minutos em rede nacional de televisão contando o que viveu. "Vocês não se surpreendam se amanhã ela se candidatar a algum cargo público", declarou Silvio Santos, após a entrevista concedida pela filha.

No dia 30 de dezembro, realizou o "Show do Milhão" com políticos respondendo a questões de conhecimentos gerais. O vencedor foi o deputado federal Marcondes Gadelha (PFL-PB), um dos principais articuladores da tentativa frustrada de Silvio Santos concorrer a presidente.

Assim como Roseana, Silvio se destaca entre as mulheres no Datafolha. Seu índice é oito pontos percentuais maior entre elas na comparação com os homens (19% a 11%). Seu percentual entre aqueles que têm até o primeiro grau (18%) é três vezes maior do que entre os de nível superior (6%). Conquista mais eleitores entre os que se dizem simpatizantes do PMDB (23%) e do PFL (22%). Entre os tucanos, obtém apenas 11%.
Caso fosse ao segundo turno, assim como Roseana, Silvio venceria Lula (45% a 40%).

  • Clique aqui para ver a pesquisa completa

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