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08/01/2002
-
06h51
RAYMUNDO COSTA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Após duas semanas de descanso na França, o ministro José Serra (Saúde) desembarcou ontem em Brasília disposto a disputar com a governadora Roseana Sarney (PFL) a condição de candidato governista à Presidência.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada anteontem, a pefelista tem 21% das intenções de voto, contra apenas 7% do tucano. Ela é o nome mais bem avaliado entre os presidenciáveis dos partidos que integram a aliança que elegeu (1994) e depois reelegeu (1998) Fernando Henrique Cardoso.
"Estou animado, vamos à luta", disse Serra a tucanos que integram o núcleo de sua campanha no Congresso. Ele deve assumir que é o candidato do PSDB nos próximos dias, mas só deixará o ministério no final do mês.
A intenção do PSDB é começar a mostrar Serra como o candidato mais bem preparado para dirigir o país. "Ele não precisa fazer curso intensivo de verão para falar sobre qualquer coisa", dizia ontem, após conversa com Serra, o líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães (BA).
O discurso tucano tem um alvo certo: Roseana, cuja exposição tem se limitado aos programas de TV do PFL. Além de evitar discussões mais áridas, ela também tem tomado aulas com economistas.
Um núcleo mais duro dos aliados de Serra no PSDB defende até a separação definitiva do PFL. Isso ocorreria em abril, quando o PFL prometeu devolver os ministérios que detém no governo. Para esse grupo, FHC deveria aceitar os cargos, selando o divórcio.
No PSDB e no governo há divergências sobre o tratamento a ser dado a
Roseana e ao PFL. O presidente da Câmara, Aécio Neves, por exemplo, teme que Roseana acabe saindo como vítima dos ataques tucanos. O efeito poderia ser o contrário do desejado.
Aécio, apontado como opção no caso de a candidatura Serra não vingar, deve se reunir com o ministro amanhã. Diz que não só vai declarar apoio a Serra, como também se colocar à disposição para trabalhar na campanha.
"Ele é o nome do PSDB e todos nós temos interesse no fortalecimento desse nome", diz Aécio.
Serra quer desencadear uma série de ações até a convenção do PSDB, em 24 de fevereiro. Primeiro, ele anuncia que é candidato. Até o final deste mês, inaugura um hospital da rede Sarah Kubitschek no Rio e lança uma campanha nacional contra o fumo.
No dia 4 de fevereiro, participa da reunião do "ministério mundial" eleito pela revista "World Link", ao lado de personalidades como o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani.
O prazo para a inscrição da candidatura na convenção é 20 de fevereiro. Antes, Serra deve reassumir sua cadeira no Senado e, no dia 19, discursar como candidato.
Veja também:
PMDB quer que Serra prove viabilidade até abril
Campanha de ministro ainda pode ter Nizan Guanaes
Leia mais no especial Eleições 2002
Serra parte para a disputa pela candidatura governista
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Após duas semanas de descanso na França, o ministro José Serra (Saúde) desembarcou ontem em Brasília disposto a disputar com a governadora Roseana Sarney (PFL) a condição de candidato governista à Presidência.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada anteontem, a pefelista tem 21% das intenções de voto, contra apenas 7% do tucano. Ela é o nome mais bem avaliado entre os presidenciáveis dos partidos que integram a aliança que elegeu (1994) e depois reelegeu (1998) Fernando Henrique Cardoso.
16.out.01 - Sérgio Lima/ Folha Imagem |
O ministro da Saúde, José Serra (PSDB) |
A intenção do PSDB é começar a mostrar Serra como o candidato mais bem preparado para dirigir o país. "Ele não precisa fazer curso intensivo de verão para falar sobre qualquer coisa", dizia ontem, após conversa com Serra, o líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães (BA).
O discurso tucano tem um alvo certo: Roseana, cuja exposição tem se limitado aos programas de TV do PFL. Além de evitar discussões mais áridas, ela também tem tomado aulas com economistas.
Um núcleo mais duro dos aliados de Serra no PSDB defende até a separação definitiva do PFL. Isso ocorreria em abril, quando o PFL prometeu devolver os ministérios que detém no governo. Para esse grupo, FHC deveria aceitar os cargos, selando o divórcio.
No PSDB e no governo há divergências sobre o tratamento a ser dado a
Roseana e ao PFL. O presidente da Câmara, Aécio Neves, por exemplo, teme que Roseana acabe saindo como vítima dos ataques tucanos. O efeito poderia ser o contrário do desejado.
Aécio, apontado como opção no caso de a candidatura Serra não vingar, deve se reunir com o ministro amanhã. Diz que não só vai declarar apoio a Serra, como também se colocar à disposição para trabalhar na campanha.
"Ele é o nome do PSDB e todos nós temos interesse no fortalecimento desse nome", diz Aécio.
Serra quer desencadear uma série de ações até a convenção do PSDB, em 24 de fevereiro. Primeiro, ele anuncia que é candidato. Até o final deste mês, inaugura um hospital da rede Sarah Kubitschek no Rio e lança uma campanha nacional contra o fumo.
No dia 4 de fevereiro, participa da reunião do "ministério mundial" eleito pela revista "World Link", ao lado de personalidades como o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani.
O prazo para a inscrição da candidatura na convenção é 20 de fevereiro. Antes, Serra deve reassumir sua cadeira no Senado e, no dia 19, discursar como candidato.
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