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08/01/2002
-
07h08
KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Para apoiar José Serra, o PMDB quer que o ministro da Saúde chegue à virada de março para abril mostrando chance concreta de superar a governadora Roseana Sarney (PFL-MA) e que Fernando Henrique Cardoso não alimente a chance de fincar um pé na canoa tucana e o outro na pefelista.
Do contrário, a tendência do PMDB será apoiar a pefelista. Na pesquisa Datafolha divulgada anteontem, Roseana teria 21% no primeiro turno e venceria o PT no segundo turno. Serra obteve 7%.
Citando a "teoria Giannotti", um dirigente do PMDB diz que a cúpula do partido quer ver qual o nível de comprometimento real de FHC com Serra. Em entrevista à Folha, o filósofo José Arthur Giannotti, amigo de FHC, disse que o presidente "não vai se suicidar em nome de lealdades que não sejam políticas". Se Serra não decolar, FHC pode abandoná-lo.
O PMDB avalia que em março saberá se FHC e setores tucanos que ainda resistem a Serra vão entrar para valer na campanha do ministro ou se vão ser ambíguos.
Se sentirem firmeza no apoio presidencial, uma aliança do PMDB com Serra estará condicionada a um melhor desempenho nas pesquisas. Os peemedebistas dizem que se sentem livres para fixar prazo e meta porque os próprios tucanos afirmam que Serra precisará chegar a 14% ou 15% até a virada de abril para maio. Caso Serra não decole, o presidente da Câmara, Aécio Neves, é lembrado como o "plano B" tucano.
A atual cúpula peemedebista tem mais afinidade com Serra do que com Roseana, mas o desempenho da governadora nas pesquisas e a corte do PFL ao PMDB têm começado a surtir efeito.
Um caso emblemático é o da Bahia, onde Geddel Vieira Lima, líder do PMDB na Câmara, é inimigo mortal do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL). Emissários de Roseana, como o pai, José Sarney, e o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, têm feito promessas de que desvantagens regionais poderão ser compensadas com espaço nacional.
Sarney e Bornhausen aproveitam a curva de ascensão de Roseana nas pesquisas para tentar costurar alianças. O próprio presidente do PMDB, o deputado Michel Temer (SP), visto como simpatizante de Serra e lembrado para vice de Roseana, reconhece o avanço da pefelista. "O crescimento dela é incontestável e constante", disse ele sobre a pesquisa Datafolha.
Leia mais no especial Eleições 2002
PMDB quer que Serra prove viabilidade até abril
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Para apoiar José Serra, o PMDB quer que o ministro da Saúde chegue à virada de março para abril mostrando chance concreta de superar a governadora Roseana Sarney (PFL-MA) e que Fernando Henrique Cardoso não alimente a chance de fincar um pé na canoa tucana e o outro na pefelista.
Do contrário, a tendência do PMDB será apoiar a pefelista. Na pesquisa Datafolha divulgada anteontem, Roseana teria 21% no primeiro turno e venceria o PT no segundo turno. Serra obteve 7%.
Citando a "teoria Giannotti", um dirigente do PMDB diz que a cúpula do partido quer ver qual o nível de comprometimento real de FHC com Serra. Em entrevista à Folha, o filósofo José Arthur Giannotti, amigo de FHC, disse que o presidente "não vai se suicidar em nome de lealdades que não sejam políticas". Se Serra não decolar, FHC pode abandoná-lo.
O PMDB avalia que em março saberá se FHC e setores tucanos que ainda resistem a Serra vão entrar para valer na campanha do ministro ou se vão ser ambíguos.
Se sentirem firmeza no apoio presidencial, uma aliança do PMDB com Serra estará condicionada a um melhor desempenho nas pesquisas. Os peemedebistas dizem que se sentem livres para fixar prazo e meta porque os próprios tucanos afirmam que Serra precisará chegar a 14% ou 15% até a virada de abril para maio. Caso Serra não decole, o presidente da Câmara, Aécio Neves, é lembrado como o "plano B" tucano.
A atual cúpula peemedebista tem mais afinidade com Serra do que com Roseana, mas o desempenho da governadora nas pesquisas e a corte do PFL ao PMDB têm começado a surtir efeito.
Um caso emblemático é o da Bahia, onde Geddel Vieira Lima, líder do PMDB na Câmara, é inimigo mortal do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL). Emissários de Roseana, como o pai, José Sarney, e o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, têm feito promessas de que desvantagens regionais poderão ser compensadas com espaço nacional.
Sarney e Bornhausen aproveitam a curva de ascensão de Roseana nas pesquisas para tentar costurar alianças. O próprio presidente do PMDB, o deputado Michel Temer (SP), visto como simpatizante de Serra e lembrado para vice de Roseana, reconhece o avanço da pefelista. "O crescimento dela é incontestável e constante", disse ele sobre a pesquisa Datafolha.
Leia mais no especial Eleições 2002
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