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08/01/2002 - 07h21

Pré-candidatos ao governo de SP buscam exposição máxima

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ROGÉRIO GENTILE
LILIAN CHRISTOFOLETTI

da Folha de S.Paulo

A legislação ainda não permite propaganda eleitoral, mas os principais candidatos ao governo paulista já estão na rua, numa campanha disfarçada pelo Palácio dos Bandeirantes. Para aparecer, vale qualquer desculpa: inauguração de obras, reuniões com correligionários e até cerimônias de colação de grau.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, diz publicamente que eleição não é um assunto para agora, mas montou um roteiro de inaugurações que inclui as maiores bases eleitorais do Estado. Até 6 de julho, quando começa oficialmente a campanha, Alckmin deverá ter participado de cerca de 200 inaugurações. Entre elas, a do primeiro trecho do Rodoanel.

Outro trunfo do governador será a implosão do Carandiru, prevista para abril. Os tucanos tratam a demolição do presídio, onde houve o massacre dos 111 presos, como uma espécie de marco da administração Alckmin.

Pesquisa
O ex-prefeito Paulo Maluf (PPB), que já percorreu 300 cidades, recomeçará no próximo dia 16 suas viagens pelo Estado. O destino inicial do pepebista será a região metropolitana, onde está tecnicamente empatado com Geraldo Alckmin em primeiro lugar.

Segundo pesquisa Datafolha feita em dezembro, o tucano tem 28% das intenções de voto contra 24% de Maluf. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Em suas viagens, Maluf costuma adotar um ritmo intenso, percorrendo até seis ou sete municípios por dia. Além de se reunir com lideranças locais, seus principais alvos são os meios de comunicação. O ex-prefeito passa o dia concedendo entrevistas para rádios e jornais locais.

Maluf não deverá contar na eleição com muito tempo de TV no horário eleitoral. Aliados tradicionais do malufismo, como o PFL e o PL, não querem apoiar o ex-prefeito neste ano, pois temem serem contaminados pelo desgaste de sua imagem. Maluf é investigado por ser beneficiário de uma conta milionária no paraíso fiscal da ilha de Jersey.

Maluf, no entanto, tem procurado o PFL com o argumento de que a governadora Roseana Sarney, se for mesmo candidata à Presidência da República, precisará de um palanque forte no Estado de São Paulo.

O PFL paulista está praticamente fechado com a candidatura à reeleição do governador tucano. Outra alternativa -hoje pouco provável- seria lançar o senador Romeu Tuma como candidato ao governo estadual.

O PT, que venceu as eleições de 2000 nas principais cidades de São Paulo, aposta na candidatura do deputado federal José Genoino. O petista, no entanto, está mal nas pesquisas (5% no último Datafolha). Ele justifica o índice com a alegação de que ainda é pouco conhecido dos eleitores paulistas.

Por isso, Genoino não está desperdiçando nenhuma oportunidade. Na semana passada, fez questão de assistir de perto a corrida de São Silvestre, em São Paulo, e de participar da festa de Réveillon na avenida Paulista.

Colação de grau
Além das viagens, sua agenda para o mês de janeiro inclui uma inusitada cerimônia de colação de grau, em Araras. "Fui convidado para ser o patrono da turma de direito. É lógico que irei", diz o deputado petista.
Outra dificuldade de Genoino será rebater as críticas de que não tem experiência administrativa para governar São Paulo.

Na eleição, Genoino deverá ter o apoio do PDT e do PC do B. O deputado espera também conseguir aliar-se ao PSB. Estimulado pelo governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, contudo, o PSB prefere lançar um candidato próprio em São Paulo.

A ex-prefeita Luiza Erundina é o principal nome, mas a ex-prefeita de São Paulo está relutante. Teme ser abandonada pelo partido no meio da campanha, como ocorreu na eleição de 2000, quando concorreu novamente à prefeitura paulistana. Sua preferência é disputar o Senado ou a reeleição à Câmara dos Deputados.

Francisco Rossi (PL) e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) também poderão disputar a sucessão estadual.


Leia mais no especial Eleições 2002
 

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