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16/01/2002 - 03h41

Governadora do Maranhão diz que evitará atacar

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da Folha de S.Paulo
da Agência Folha, em Recife

A governadora Roseana Sarney (MA), pré-candidata do PFL à Presidência, afirmou que pretende participar da disputa pela sucessão do presidente FHC sem fazer ataques aos adversários. "Sempre lutei pela construção de idéias e não para destruir os outros. Não farei ataques", disse.

A governadora, que havia divulgado a intenção de vir a São Paulo, mas acabou indo ontem ao Rio, se reuniu com o prefeito Cesar Maia (PFL), para discutir estratégias de campanha. Ela indicou que, caso seja eleita, dará mais prioridade ao social do que o governo FHC.

"A estabilidade é uma conquista. Agora, cada governo tem suas metas, tem seu estilo", afirmou, respondendo se manteria a atual política econômica. Questionada se daria prioridade às questões sociais, disse: "Com certeza, daria".

Para Roseana, o lançamento da candidatura do ministro da Saúde, José Serra (PSDB), que acontece amanhã, em Brasília, não deverá atrair para ele votos de eleitores simpáticos aos tucanos, que hoje a estão apoiando. "No Brasil, não vejo os partidos muito fortalecidos. As pessoas não votam nos partidos. As pessoas votam nas propostas", afirmou.

Ela ainda disse acreditar na possibilidade de uma aliança da base governista para a sucessão. "É possível, sim. Há muito tempo para os partidos conversarem", disse a governadora, que desconversou quando questionada se abriria mão de sua candidatura em nome da aliança. "Não sou candidata. Permaneço no governo até 4 de abril, depois disso é que vou me definir", afirmou.

Espera
Enquanto Roseana discutia sua campanha no Rio, a ala do PFL ligada ao presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC), decidia esperar até maio para acertar algum tipo de coalizão para sustentar a candidatura da governadora. A idéia, que a cúpula fez questão de divulgar ontem, é deixar reservada a vaga de vice para o PSDB.

"Achamos que é grande a possibilidade de o quadro sucessório estar em maio mais ou menos como está hoje. Haverá então muita pressão no PSDB para reeditar a aliança. Vamos esperar para não sujar o meio de campo. Temos de esperar para ter o PSDB como parceiro de primeira hora na sucessão", disse o secretário-executivo do PFL, Saulo Queiroz.

Ele não diz, mas a expectativa entre os articuladores da candidatura de Roseana é que não prospere a campanha de Serra. Assim, seria tentada a formação de uma chapa com Roseana para presidente e um tucano para vice.
Embora seja remota essa possibilidade, e os pefelistas sabem disso, a estratégia realmente ficaria inviabilizada se o PFL fechasse já um acordo para entregar a vaga de vice para um outro partido.

Em Recife, o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), afirmou que a candidatura de Serra à Presidência "já nasceu morta". "Ele entrou tarde na disputa. A estratégia do PSDB de postergar o lançamento dele foi mortal. É uma candidatura natimorta."

Para Inocêncio, Serra perdeu espaço no eleitorado e "não vai emplacar". Terá, segundo ele, que se contentar em dividir com o PMDB e outros partidos menores só um terço dos votos. Os dois terços restantes, disse, serão repartidos entre Roseana e a oposição.
(ANTONIO CARLOS DE FARIA, FÁBIO GUIBU E FERNANDO RODRIGUES)
 

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