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17/01/2002
-
18h26
da Agência Folha
O lançamento da pré-candidatura presidencial de José Serra (PSDB) foi recebido com previsão de crescimento de seu nome, críticas e ironias por políticos fora do núcleo do poder federal atual.
Dois dos três governadores do PT de Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que Serra dará trabalho e deverá disputar o segundo turno com o petista.
Um deles, Zeca do PT (MS), foi além e fez vários elogios a Serra - mantendo sua característica de boas relações com o tucanato.
"Gostei. Estou contente de saber que o PSDB opte por uma candidatura dessa envergadura. É bom para o debate, é bom para a disputa eleitoral".
Para o governador petista, "não podemos negar que o Serra tem uma história vinculada ao campo progressista, história de um homem combativo, e eu me orgulho disso [de reconhecer]".
Para Jorge Viana (PT-AC), "como candidato do governo, ele [Serra] terá muita força para subir nas pesquisas e ultrapassar a Roseana [Sarney, presidenciável pefelista]. Ninguém pode desprezar a força do governo".
Membro da coordenação do programa de governo de Lula, o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), entende que a pré-candidatura de Serra "é um contraste à proposta de mudança do PT" e também prevê o ministro como adversário de segundo turno de seu partido.
Garotinho e ACM
O governador do Rio de Janeiro e presidenciável Anthony Garotinho (PSB) optou pela ironia. "Quem está satisfeito com o atendimento nos postos de saúde, com os preços dos remédios, vota em Serra", afirmou o governador. "Como o povo está satisfeito com o atendimento, ele vai ter muitos votos", declarou.
Já o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), disse hoje que considera tucana, e não da base aliada, a candidatura Serra - Roseana Sarney, sua correligionária, seria o nome para manter a aliança governista. "Vejo a candidatura do ministro como uma candidatura do PSDB, com os inegáveis problemas que as aparências procuram mascarar."
"Todas as pesquisas apontam que Roseana tem mais do que o triplo das intenções de votos do que Serra", disse ele, que lembrou as dificuldades internas do PSDB. "Quando a unidade é feita à força, ela só acontece no alto. Na base, não existe."
Seu afilhado político César Borges, governador pefelista da Bahia, disse por sua vez que Serra represente a elite paulista, repetindo bordão carlista: "Serra não gosta do Nordeste, não gosta dos nordestinos."
Leia mais no especial Eleições 2002
Candidatura Serra é recebida com previsão de crescimento e ironias
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O lançamento da pré-candidatura presidencial de José Serra (PSDB) foi recebido com previsão de crescimento de seu nome, críticas e ironias por políticos fora do núcleo do poder federal atual.
Dois dos três governadores do PT de Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que Serra dará trabalho e deverá disputar o segundo turno com o petista.
Um deles, Zeca do PT (MS), foi além e fez vários elogios a Serra - mantendo sua característica de boas relações com o tucanato.
"Gostei. Estou contente de saber que o PSDB opte por uma candidatura dessa envergadura. É bom para o debate, é bom para a disputa eleitoral".
Para o governador petista, "não podemos negar que o Serra tem uma história vinculada ao campo progressista, história de um homem combativo, e eu me orgulho disso [de reconhecer]".
Para Jorge Viana (PT-AC), "como candidato do governo, ele [Serra] terá muita força para subir nas pesquisas e ultrapassar a Roseana [Sarney, presidenciável pefelista]. Ninguém pode desprezar a força do governo".
Membro da coordenação do programa de governo de Lula, o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), entende que a pré-candidatura de Serra "é um contraste à proposta de mudança do PT" e também prevê o ministro como adversário de segundo turno de seu partido.
Garotinho e ACM
O governador do Rio de Janeiro e presidenciável Anthony Garotinho (PSB) optou pela ironia. "Quem está satisfeito com o atendimento nos postos de saúde, com os preços dos remédios, vota em Serra", afirmou o governador. "Como o povo está satisfeito com o atendimento, ele vai ter muitos votos", declarou.
Já o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), disse hoje que considera tucana, e não da base aliada, a candidatura Serra - Roseana Sarney, sua correligionária, seria o nome para manter a aliança governista. "Vejo a candidatura do ministro como uma candidatura do PSDB, com os inegáveis problemas que as aparências procuram mascarar."
"Todas as pesquisas apontam que Roseana tem mais do que o triplo das intenções de votos do que Serra", disse ele, que lembrou as dificuldades internas do PSDB. "Quando a unidade é feita à força, ela só acontece no alto. Na base, não existe."
Seu afilhado político César Borges, governador pefelista da Bahia, disse por sua vez que Serra represente a elite paulista, repetindo bordão carlista: "Serra não gosta do Nordeste, não gosta dos nordestinos."
Leia mais no especial Eleições 2002
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