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23/01/2002
-
07h05
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo
A governadora Roseana Sarney (MA) não irá adotar, como programa de governo para a disputa pela Presidência, o plano original de segurança pública apresentado pelo PFL. A pré-candidata pefelista defende um projeto mais amplo, aberto a sugestões da sociedade civil e de instituições que não estejam ligadas à sigla.
O propósito da governadora do Maranhão é anterior ao sequestro e assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), que colocou em evidência a questão da segurança pública nos debates de campanha deste ano.
Segundo assessores próximos à presidenciável, o estudo do PFL, preparado pelo deputado federal Moroni Torgan e apresentado ontem, em Brasília, servirá como ponto de partida do programa de governo para a área a ser divulgado pela pefelista.
Ainda não foi definido como isso será feito, se por meio de militantes em diversos Estados brasileiros ou até mesmo por meio de uma página na internet, como a que o PT pretende implantar -também para coletar sugestões para o programa de governo.
Trégua
Um dia após as críticas do presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, que acusou o partido de instigar o "ódio e a violência" contra os petistas, o PFL deveria apresentar na noite de ontem as mesmas inserções de TV veiculadas há três dias.
Anteontem, após o velório de Celso Daniel, Dirceu afirmou que "tem gente fazendo programa de TV no horário partidário instigando o ódio e a violência contra o PT". Embora oculto, o alvo do dirigente petista era o publicitário Nizan Guanaes, responsável pelos programas de TV de Roseana.
O publicitário não foi localizado pela reportagem para comentar o fato. Segundo sua assessoria, ele está fora do país.
O PFL informou que há uma semana já estava definida a repetição das inserções. O partido reconhece, no entanto, que, depois da morte do prefeito, é necessário evitar ataques ao PT.
É a primeira vez, neste mês, que o PFL usa filmetes já veiculados. E, segundo a Folha apurou, o partido irá repetir justamente as inserções que não tiveram unanimidade nas pesquisas qualitativas utilizadas para avaliar a aceitação dos programas.
As inserções que deveriam ser veiculadas ontem destacam a pré-candidata como a "governadora número um". O mesmo jingle usado por uma marca de cerveja é repetido nos filmetes. Na pesquisa qualitativa, os participantes originários de centros urbanos não aprovaram a associação indireta da pré-candidata à cerveja.
Duas inserções usadas há uma semana, uma que relacionava indiretamente o PT à crise da Argentina e outra em que Roseana afirmava que o candidato eleito não poderia ser o "presidente da república da CUT" ou "da república do MST", foram engavetadas pelo partido.
Veja também PFL entrega ao presidente propostas de segurança
Leia mais no especial Eleições 2002
Roseana ouvirá sociedade sobre projeto do PFL
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da Folha de S.Paulo
A governadora Roseana Sarney (MA) não irá adotar, como programa de governo para a disputa pela Presidência, o plano original de segurança pública apresentado pelo PFL. A pré-candidata pefelista defende um projeto mais amplo, aberto a sugestões da sociedade civil e de instituições que não estejam ligadas à sigla.
O propósito da governadora do Maranhão é anterior ao sequestro e assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), que colocou em evidência a questão da segurança pública nos debates de campanha deste ano.
Segundo assessores próximos à presidenciável, o estudo do PFL, preparado pelo deputado federal Moroni Torgan e apresentado ontem, em Brasília, servirá como ponto de partida do programa de governo para a área a ser divulgado pela pefelista.
Ainda não foi definido como isso será feito, se por meio de militantes em diversos Estados brasileiros ou até mesmo por meio de uma página na internet, como a que o PT pretende implantar -também para coletar sugestões para o programa de governo.
Trégua
Um dia após as críticas do presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, que acusou o partido de instigar o "ódio e a violência" contra os petistas, o PFL deveria apresentar na noite de ontem as mesmas inserções de TV veiculadas há três dias.
Anteontem, após o velório de Celso Daniel, Dirceu afirmou que "tem gente fazendo programa de TV no horário partidário instigando o ódio e a violência contra o PT". Embora oculto, o alvo do dirigente petista era o publicitário Nizan Guanaes, responsável pelos programas de TV de Roseana.
O publicitário não foi localizado pela reportagem para comentar o fato. Segundo sua assessoria, ele está fora do país.
O PFL informou que há uma semana já estava definida a repetição das inserções. O partido reconhece, no entanto, que, depois da morte do prefeito, é necessário evitar ataques ao PT.
É a primeira vez, neste mês, que o PFL usa filmetes já veiculados. E, segundo a Folha apurou, o partido irá repetir justamente as inserções que não tiveram unanimidade nas pesquisas qualitativas utilizadas para avaliar a aceitação dos programas.
As inserções que deveriam ser veiculadas ontem destacam a pré-candidata como a "governadora número um". O mesmo jingle usado por uma marca de cerveja é repetido nos filmetes. Na pesquisa qualitativa, os participantes originários de centros urbanos não aprovaram a associação indireta da pré-candidata à cerveja.
Duas inserções usadas há uma semana, uma que relacionava indiretamente o PT à crise da Argentina e outra em que Roseana afirmava que o candidato eleito não poderia ser o "presidente da república da CUT" ou "da república do MST", foram engavetadas pelo partido.
Veja também PFL entrega ao presidente propostas de segurança
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