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25/01/2002 - 16h38

PT aposta em PMDB rachado para ter o apoio eleitoral de Itamar

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CAMILO TOSCANO
da Folha Online

Na tentativa de ampliar seu leque de alianças para as eleições presidenciais de outubro, o PT trabalha com um cenário no qual o PMDB ficaria dividido internamente. Desta maneira, o apoio do governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), a Luiz Inácio Lula da Silva, provável candidato petista à Presidência da República, estaria garantido.


17.ago.2001 - Flávio Florido/ Folha Imagem
O presidente do PT, José Dirceu (SP)
"Tenho certeza absoluta. O governador [Itamar Franco]vai estar com a oposição. Pela história dele, pelo que ele fez nos últimos anos como governador de Minas, pela militância dele na oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso. Acho que é óbvio para o país que ele estará conosco", afirmou hoje o presidente nacional do PT, o deputado federal José Dirceu (SP), sobre a posição que Itamar deve tomar, caso não seja o candidato do PMDB.

Dirceu encontrou-se pela manhã com Itamar, em São Paulo. No cardápio da reunião estava a formação de uma aliança das oposições. De acordo com o deputado, as conversas do PT com o PMDB irão continuar. A tentativa do PT é garantir o apoio das alas "que militam na oposição" para o caso de o PMDB não lançar candidato à Presidência.


Paulo Tarso/Folha Imagem
Itamar Franco (PMDB-MG)
O atual momento político do PMDB já é de divisão interna. Na terça-feira (22), o líder do partido na Câmara dos Deputados, Geddel Vieira Lima (BA), disse que a candidatura própria está ficando difícil de ser viabilizada. No dia seguinte, o presidente da legenda, o deputado federal Michel Temer (SP), divulgou nota afirmando que a posição de Geddel é pessoal e não do partido. A nota, no entanto, deixa em aberto a política de alianças.

Itamar, o senador Pedro Simon (RS) e o ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário) deram declarações condenando a postura de Geddel e reafirmando que irão disputar as prévias do partido. O senador José Sarney (PMDB-AP) irá trabalhar por um apoio à sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), caso não haja consenso no partido.

"O que eu diria é que está evidente para o país que o PMDB tem uma ala forte que não aceita apoiar as candidaturas do governo, que vai marchar com a oposição, e que, se o PSDB e o PFL saírem com duas candidaturas, também haverá uma ala do PMDB que não vai aceitar apoiar José Serra, isso já está evidente. Então, o quadro político eleitoral para 2002 só vai se definir em junho", avalia Dirceu.

Leia mais no especial Eleições 2002
 

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