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25/01/2002
-
18h01
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Belém
Como parte de sua estratégia para tentar voltar à vida pública, o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) apresentou hoje o resultado de uma perícia nos documentos do Banpará (Banco do Estado do Pará) que o inocenta da acusação de ter desviado R$ 5,5 milhões do banco entre 84 e 85, quando era governador do Pará.
Jader quer ser candidato ou ao Senado, ou ao governo estadual. O ex-presidente do Senado pagou R$ 18 mil, em juízo, ao contador Marco Aurélio Pimentel Moura pela perícia em sete volumes de documentos, incluindo o relatório elaborado pelo inspetor do Banco Central Abrahão Patruni Junior.
A perícia foi realizada com autorização da Justiça estadual. O perito foi nomeado pela juíza Rosileide Maria Cunha Filomeno, a mesma que acatou o pedido dos advogados de Jader para que a perícia fosse realizada.
O pedido dos advogados de Jader tem o nome jurídico de produção antecipada de provas. Assim que autorizou a perícia, a juíza pediu ao Conselho Regional de Contabilidade para que listasse três peritos e escolheu Moura.
O Ministério Público estadual informou ontem que vai contestar a perícia e vai nomear assistentes técnicos para analisarem toda a documentação.
"A perícia mostra para a opinião pública que fui vítima de um pacote para me retirar do cenário político nacional, inclusive da presidência do PMDB", disse o ex-senador, que passou os últimos três meses se reunindo com políticos no interior do Estado.
Em outubro do ano passado, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública de ressarcimento no Tribunal de Justiça estadual contra Jader e outros 13 para que sejam devolvidos aos cofres públicos os R$ 5,5 milhões que foram desviados do Banpará, segundo a investigação dos promotores.
A Justiça do Pará, porém, indeferiu a ação alegando que ela não é o fórum competente para discutir o caso. O promotor João Gualberto informou que o Ministério Público vai apelar contra a decisão. A perícia apresentada por Jader ontem pode ser usada como defesa no processo movido contra ele.
Em uma conclusão de 12 páginas, o perito afirma que Jader "não foi beneficiado nessas aplicações [desvio por meio de cheques administrativos], como também não há meios de se afirmar que o mesmo tenha tido qualquer vinculação nessas aplicações".
Além do Ministério Público, o STF (Supremo Tribunal Federal) apura, por meio de um inquérito criminal, a participação de Jader no desvio do Banpará. O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, já apontou indícios do crime de peculato.
O Conselho de Ética do Senado concluiu que Jader foi beneficiário de 11 cheques administrativos emitidos pelo Banpará em 1984 e 1985. Esta investigação foi a que motivou a renúncia do ex-senador no início de outubro passado.
Jader divulga perícia que o inocenta e prepara volta à política
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da Agência Folha, em Belém
Como parte de sua estratégia para tentar voltar à vida pública, o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) apresentou hoje o resultado de uma perícia nos documentos do Banpará (Banco do Estado do Pará) que o inocenta da acusação de ter desviado R$ 5,5 milhões do banco entre 84 e 85, quando era governador do Pará.
Jader quer ser candidato ou ao Senado, ou ao governo estadual. O ex-presidente do Senado pagou R$ 18 mil, em juízo, ao contador Marco Aurélio Pimentel Moura pela perícia em sete volumes de documentos, incluindo o relatório elaborado pelo inspetor do Banco Central Abrahão Patruni Junior.
A perícia foi realizada com autorização da Justiça estadual. O perito foi nomeado pela juíza Rosileide Maria Cunha Filomeno, a mesma que acatou o pedido dos advogados de Jader para que a perícia fosse realizada.
O pedido dos advogados de Jader tem o nome jurídico de produção antecipada de provas. Assim que autorizou a perícia, a juíza pediu ao Conselho Regional de Contabilidade para que listasse três peritos e escolheu Moura.
O Ministério Público estadual informou ontem que vai contestar a perícia e vai nomear assistentes técnicos para analisarem toda a documentação.
"A perícia mostra para a opinião pública que fui vítima de um pacote para me retirar do cenário político nacional, inclusive da presidência do PMDB", disse o ex-senador, que passou os últimos três meses se reunindo com políticos no interior do Estado.
Em outubro do ano passado, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública de ressarcimento no Tribunal de Justiça estadual contra Jader e outros 13 para que sejam devolvidos aos cofres públicos os R$ 5,5 milhões que foram desviados do Banpará, segundo a investigação dos promotores.
A Justiça do Pará, porém, indeferiu a ação alegando que ela não é o fórum competente para discutir o caso. O promotor João Gualberto informou que o Ministério Público vai apelar contra a decisão. A perícia apresentada por Jader ontem pode ser usada como defesa no processo movido contra ele.
Em uma conclusão de 12 páginas, o perito afirma que Jader "não foi beneficiado nessas aplicações [desvio por meio de cheques administrativos], como também não há meios de se afirmar que o mesmo tenha tido qualquer vinculação nessas aplicações".
Além do Ministério Público, o STF (Supremo Tribunal Federal) apura, por meio de um inquérito criminal, a participação de Jader no desvio do Banpará. O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, já apontou indícios do crime de peculato.
O Conselho de Ética do Senado concluiu que Jader foi beneficiário de 11 cheques administrativos emitidos pelo Banpará em 1984 e 1985. Esta investigação foi a que motivou a renúncia do ex-senador no início de outubro passado.
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