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26/01/2002
-
07h21
da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Folha de S.Paulo
O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que considera "excelente" a proposta de um pacto de não-agressão feita pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney, ao ministro da Saúde, José Serra. Roseana é pré-candidata à Presidência pelo PFL, e Serra, pelo PSDB -os principais partidos da base do governo.
O presidente estendeu a proposta para os partidos de oposição. "Não precisa ser só da base aliada. Mesmo os que são da oposição, ou do governo para com a oposição, para quê agredir?"
"Não é necessário agredir. O que precisa é agregar e não agredir", acrescentou, depois de participar de reunião da União Internacional para a Conservação.
FHC disse que falou com o ministro Serra e que ele concorda com a proposta. "É uma questão normal. O Lula, eu tenho sempre que posso um relacionamento público e também privado correto com o Lula e vice-versa."
A proposta será levada a Serra por Roseana na semana que vem, em conversa ainda a ser marcada.
O relacionamento entre PSDB e PFL passou por momentos de tensão nos dias que antecederam o lançamento de Serra. Aliados do ministro criticaram a governadora. O ambiente só desanuviou após visita de FHC a José Sarney, pai da pefelista. Serra também conteve seus aliados.
Cerimônia
Participando juntos pela primeira vez de um evento público desde o lançamento da pré-candidatura de Serra, FHC e o ministro aproveitaram ontem uma cerimônia em São Paulo para fazer um balanço das realizações do Ministério da Saúde.
Com um auditório de 860 lugares praticamente lotado, Serra fez piadas, falou de sua vida no exílio e citou o governador Mário Covas durante seu discurso. "O Ministério da Saúde, sob a Presidência de Fernando Henrique Cardoso, tem coisas que são conhecidas, como os genéricos e a campanha contra a Aids, mas o que está sendo feito de mais importante é o atendimento básico", declarou.
"Talvez haja mais a fazer do que o que foi feito. Mas hoje é melhor do que ontem, e amanhã será melhor do que hoje", disse. "O importante é que estamos na trilha."
Também participou da inauguração da nova sede da Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas o governador Geraldo Alckmin, responsável pela única menção à pré-candidatura tucana.
"Foi dito que a cadeira de presidente é mais dura do que a do dentista, e o Serra logo protestou. Ou ele tem muito medo de dentista ou ele está muito interessado em sua [de FHC" cadeira", afirmou Alckmin, provocando risos. Com a mão, Serra sinalizou que as duas alternativas eram corretas.
Seguindo o mesmo mote proposto pelo ministro no lançamento de sua pré-candidatura, FHC falou sobre a necessidade de diminuição das desigualdades e ressaltou a importância da democracia e da estabilidade no país.
Fez ainda uma menção indireta à crise argentina. "Quando não se tem a casa em ordem, a parte da economia, nada se consegue. Infelizmente, para muitos de nós, que temos relação muito próxima com alguns países vizinhos, estão muito vivas as dificuldades produzidas quando os governantes não são capazes ou as condições não permitem. Muitas vezes não conseguiram fazer com que houvesse o sentimento de futuro que advém da estabilidade e da crença de que quem está governando tem legitimidade para governar."
FHC elogia trégua proposta por Roseana
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da Folha de S.Paulo
O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que considera "excelente" a proposta de um pacto de não-agressão feita pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney, ao ministro da Saúde, José Serra. Roseana é pré-candidata à Presidência pelo PFL, e Serra, pelo PSDB -os principais partidos da base do governo.
O presidente estendeu a proposta para os partidos de oposição. "Não precisa ser só da base aliada. Mesmo os que são da oposição, ou do governo para com a oposição, para quê agredir?"
"Não é necessário agredir. O que precisa é agregar e não agredir", acrescentou, depois de participar de reunião da União Internacional para a Conservação.
FHC disse que falou com o ministro Serra e que ele concorda com a proposta. "É uma questão normal. O Lula, eu tenho sempre que posso um relacionamento público e também privado correto com o Lula e vice-versa."
A proposta será levada a Serra por Roseana na semana que vem, em conversa ainda a ser marcada.
O relacionamento entre PSDB e PFL passou por momentos de tensão nos dias que antecederam o lançamento de Serra. Aliados do ministro criticaram a governadora. O ambiente só desanuviou após visita de FHC a José Sarney, pai da pefelista. Serra também conteve seus aliados.
Cerimônia
Participando juntos pela primeira vez de um evento público desde o lançamento da pré-candidatura de Serra, FHC e o ministro aproveitaram ontem uma cerimônia em São Paulo para fazer um balanço das realizações do Ministério da Saúde.
Com um auditório de 860 lugares praticamente lotado, Serra fez piadas, falou de sua vida no exílio e citou o governador Mário Covas durante seu discurso. "O Ministério da Saúde, sob a Presidência de Fernando Henrique Cardoso, tem coisas que são conhecidas, como os genéricos e a campanha contra a Aids, mas o que está sendo feito de mais importante é o atendimento básico", declarou.
"Talvez haja mais a fazer do que o que foi feito. Mas hoje é melhor do que ontem, e amanhã será melhor do que hoje", disse. "O importante é que estamos na trilha."
Também participou da inauguração da nova sede da Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas o governador Geraldo Alckmin, responsável pela única menção à pré-candidatura tucana.
"Foi dito que a cadeira de presidente é mais dura do que a do dentista, e o Serra logo protestou. Ou ele tem muito medo de dentista ou ele está muito interessado em sua [de FHC" cadeira", afirmou Alckmin, provocando risos. Com a mão, Serra sinalizou que as duas alternativas eram corretas.
Seguindo o mesmo mote proposto pelo ministro no lançamento de sua pré-candidatura, FHC falou sobre a necessidade de diminuição das desigualdades e ressaltou a importância da democracia e da estabilidade no país.
Fez ainda uma menção indireta à crise argentina. "Quando não se tem a casa em ordem, a parte da economia, nada se consegue. Infelizmente, para muitos de nós, que temos relação muito próxima com alguns países vizinhos, estão muito vivas as dificuldades produzidas quando os governantes não são capazes ou as condições não permitem. Muitas vezes não conseguiram fazer com que houvesse o sentimento de futuro que advém da estabilidade e da crença de que quem está governando tem legitimidade para governar."
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