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28/01/2002
-
03h10
MARCELO FLACH
da Agência Folha, em Porto Alegre
O assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), as ameaças a políticos do PT, a hipótese de conflitos de rua e o maior número de participantes vão levar quatro vezes mais policiais às ruas de Porto Alegre para a segunda edição do Fórum Social Mundial, em comparação com o evento do ano passado.
''Esquemas de acompanhamento serão intensificados'', afirma Jeferson Miola, coordenador-executivo do fórum pelo governo do Estado. Segundo ele, antes mesmo da morte do prefeito, os atentados terroristas nos Estados Unidos já indicaram a necessidade de reforçar a segurança. Como exemplo, cita que membros de entidades internacionais estão chegando à cidade com esquemas próprios de vigilância.
A força-tarefa oficial para garantir a segurança nos seis dias do encontro é formada por 850 policiais da Brigada Militar gaúcha. Ainda há a possibilidade de agregar mais 600 policiais em hora extra. Soma-se a essa quantidade o policiamento normal da capital, com 500 PMs por turno. Os chamados locais de risco para uma manifestação de esquerda, como prédios de multinacionais e veículos de comunicação, ganharão olhares mais atentos dos policiais.
O coronel Ilson Pinto de Oliveira, comandante do policiamento da capital, diz que o efetivo apenas cresceu proporcionalmente ao número de participantes do evento. A organização do 2º Fórum Social Mundial espera a presença de 50 mil a 60 mil pessoas na capital gaúcha, contra 25 mil do primeiro encontro.
Em todos os locais onde se desenvolvem atividades do fórum, como no campus da PUC-RS e no Anfiteatro Pôr-do-Sol, palco de shows no início da noite, haverá acompanhamento também de 200 seguranças particulares.
O coronel Oliveira afirma que a preocupação com manifestações violentas não reside nas marchas promovidas pelo fórum, como a passeata no dia da abertura e outra no dia 4 de fevereiro.
O vice-governador Miguel Rossetto afirma que os movimentos sociais são autônomos na realização de atos públicos. ''Não permitiremos a violência.''
A Federação Anarquista Gaúcha divulga na internet que pretende promover manifestações durante o fórum. No próprio site a entidade afirma que pretende "coordenar uma potente intervenção anarquista''.
O idealizador do Fórum Social Mundial e integrante do comitê organizador Oded Grajew teme que ações ''pirotécnicas'' desviem a atenção do debate de idéias.
A Prefeitura de Não-Me-Toque (270 km da capital) pediu para o Estado reforçar a segurança na área da empresa Monsanto. A multinacional teve uma lavoura experimental de grãos geneticamente modificados e um laboratório destruídos por integrantes do MST e pelo ativista francês José Bové durante o fórum do ano passado.
Número de policiais no 2º Fórum Social será 4 vezes maior
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), as ameaças a políticos do PT, a hipótese de conflitos de rua e o maior número de participantes vão levar quatro vezes mais policiais às ruas de Porto Alegre para a segunda edição do Fórum Social Mundial, em comparação com o evento do ano passado.
''Esquemas de acompanhamento serão intensificados'', afirma Jeferson Miola, coordenador-executivo do fórum pelo governo do Estado. Segundo ele, antes mesmo da morte do prefeito, os atentados terroristas nos Estados Unidos já indicaram a necessidade de reforçar a segurança. Como exemplo, cita que membros de entidades internacionais estão chegando à cidade com esquemas próprios de vigilância.
A força-tarefa oficial para garantir a segurança nos seis dias do encontro é formada por 850 policiais da Brigada Militar gaúcha. Ainda há a possibilidade de agregar mais 600 policiais em hora extra. Soma-se a essa quantidade o policiamento normal da capital, com 500 PMs por turno. Os chamados locais de risco para uma manifestação de esquerda, como prédios de multinacionais e veículos de comunicação, ganharão olhares mais atentos dos policiais.
O coronel Ilson Pinto de Oliveira, comandante do policiamento da capital, diz que o efetivo apenas cresceu proporcionalmente ao número de participantes do evento. A organização do 2º Fórum Social Mundial espera a presença de 50 mil a 60 mil pessoas na capital gaúcha, contra 25 mil do primeiro encontro.
Em todos os locais onde se desenvolvem atividades do fórum, como no campus da PUC-RS e no Anfiteatro Pôr-do-Sol, palco de shows no início da noite, haverá acompanhamento também de 200 seguranças particulares.
O coronel Oliveira afirma que a preocupação com manifestações violentas não reside nas marchas promovidas pelo fórum, como a passeata no dia da abertura e outra no dia 4 de fevereiro.
O vice-governador Miguel Rossetto afirma que os movimentos sociais são autônomos na realização de atos públicos. ''Não permitiremos a violência.''
A Federação Anarquista Gaúcha divulga na internet que pretende promover manifestações durante o fórum. No próprio site a entidade afirma que pretende "coordenar uma potente intervenção anarquista''.
O idealizador do Fórum Social Mundial e integrante do comitê organizador Oded Grajew teme que ações ''pirotécnicas'' desviem a atenção do debate de idéias.
A Prefeitura de Não-Me-Toque (270 km da capital) pediu para o Estado reforçar a segurança na área da empresa Monsanto. A multinacional teve uma lavoura experimental de grãos geneticamente modificados e um laboratório destruídos por integrantes do MST e pelo ativista francês José Bové durante o fórum do ano passado.
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