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29/01/2002
-
16h24
CAMILO TOSCANO
da Folha Online
O processo de escolha do candidato a vice para compor a chapa presidencial do PSDB, encabeçada neste ano pelo ministro da Saúde, José Serra, é semelhante aos ocorridos nas eleições de 1989 e de 1994.
Em 89, quando o governador Mário Covas (1930-2001) era o candidato à Presidência da República, os tucanos estudavam a escolha de um nome de Minas Gerais ou do Nordeste para compor a chapa. A idéia, no entanto, não alcançou os objetivos de atrair votos para Covas. Na ocasião, foi escolhido o atual governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB), nome sem expressão nacional.
Em 94, por imposição do então presidente do PSDB, Tasso Jereissati, que lançou o nome de Fernando Henrique Cardoso à Presidência, o vice na chapa tucana teria que ser do Nordeste. A preferência era pelo deputado federal Luiz Eduardo Magalhães (PFL-BA), morto em 98, mas ele recusou o convite.
Chegou a ser cogitado o governador de Minas Gerais, Hélio Costa (PTB), para ser o vice de FHC, mas o PFL articulou para ter um integrante do partido na chapa. As opções então ficaram em torno de Roberto Magalhães (PFL-PE), Gustavo Krause (PFL-PE) e Guilherme Palmeira (PFL-AL).
Palmeira foi o escolhido, mas por ser padrinho e conselheiro político do ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), ter sido acusado de integrar esquema de corrupção para fraudar o Orçamento e acumular aposentadorias precoces, o então senador alagoano viu-se forçado a desistir. FHC acabou compondo com Marco Maciel (PFL-PE), e repetindo a chapa em 1998.
Neste ano, o PSDB volta a enfrentar problemas na composição de sua chapa. Além da disputa interna entre Serra e Tasso, o partido encontra dificuldades nas conversas com o PMDB, que está dividido internamente, e com o PFL, que vê na candidatura da governadora Roseana Sarney (MA) chances de fazer seu primeiro presidente.
Novamente os tucanos desejam um nome do Nordeste para tentar dar caráter nacional à candidatura do paulista Serra. O mais cotado no momento é o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB). Ele pode, no entanto, declinar da indicação para concorrer à reeleição no Estado.
Leia mais no especial Eleições 2002
Escolha de chapa presidencial do PSDB repete problemas de 89 e 94
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da Folha Online
O processo de escolha do candidato a vice para compor a chapa presidencial do PSDB, encabeçada neste ano pelo ministro da Saúde, José Serra, é semelhante aos ocorridos nas eleições de 1989 e de 1994.
Em 89, quando o governador Mário Covas (1930-2001) era o candidato à Presidência da República, os tucanos estudavam a escolha de um nome de Minas Gerais ou do Nordeste para compor a chapa. A idéia, no entanto, não alcançou os objetivos de atrair votos para Covas. Na ocasião, foi escolhido o atual governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB), nome sem expressão nacional.
Beto Barata/Folha Imagem |
Fernando Henrique Cardoso |
Chegou a ser cogitado o governador de Minas Gerais, Hélio Costa (PTB), para ser o vice de FHC, mas o PFL articulou para ter um integrante do partido na chapa. As opções então ficaram em torno de Roberto Magalhães (PFL-PE), Gustavo Krause (PFL-PE) e Guilherme Palmeira (PFL-AL).
Palmeira foi o escolhido, mas por ser padrinho e conselheiro político do ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), ter sido acusado de integrar esquema de corrupção para fraudar o Orçamento e acumular aposentadorias precoces, o então senador alagoano viu-se forçado a desistir. FHC acabou compondo com Marco Maciel (PFL-PE), e repetindo a chapa em 1998.
16.out.01 - Sérgio Lima/ Folha Imagem |
O ministro da Saúde, José Serra (PSDB) |
Novamente os tucanos desejam um nome do Nordeste para tentar dar caráter nacional à candidatura do paulista Serra. O mais cotado no momento é o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB). Ele pode, no entanto, declinar da indicação para concorrer à reeleição no Estado.
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