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29/01/2002 - 18h35

Ativistas antiglobalização preparam protestos na abertura do FSM

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ALESSANDRA KORMANN
da Agência Folha

Os ativistas antiglobalização, que fazem protestos simultaneamente em todo o mundo durante encontros de entidades como o FMI e o Banco Mundial, pretendem realizar uma série de eventos e manifestações em Porto Alegre durante o FSM (Fórum Social Mundial), que começa na quinta-feira (31).

A idéia é protestar contra o Fórum Econômico Mundial, que este ano se reúne em Nova York, e também se contrapor ao FSM, considerado "reformista" pelos manifestantes anticapitalistas.

"O FSM é reformista no econômico, tradicionalista no político e conformista no social. Essa esquerda oficial que organiza o encontro tenta capitalizar os movimentos antiglobalização que enfrentaram espetacularmente os poderosos do mundo em Seattle, Praga, Quebec e Gênova", diz Moésio Rebouças, um dos pioneiros do movimento antiglobalização no país, referindo-se ao apoio dos governos petistas do Rio Grande do Sul e da Prefeitura de Porto Alegre ao fórum.

Na quinta-feira, antes da marcha oficial do FSM, programada para começar as 16h30, os ativistas pretendem fazer uma manifestação pacífica, com direito a panelaço, bolas de futebol e bicicletas, ao som de um tango argentino.

"A idéia é fazer um evento criativo e pacífico. Se a polícia for sensata, não vai ocorrer nenhum problema. Por via das dúvidas, estamos levando escudos de borracha, pois já aprendemos na prática a nos defender", diz Pablo Ortellado, da AGP (Ação Global dos Povos), que organiza o protesto.

Os ativistas, que também pretendem levar capacetes e máscaras de gás para as ruas, acreditam que uma ação repressiva muito forte da polícia iria repercutir negativamente na mídia internacional _essa é a sua segurança.

Devem participar da manifestação ativistas de movimentos autônomos da Espanha, Itália, Argentina e, dos Estados Unidos, devem vir integrantes do Black Bloc, grupo anarquista radical.

Também está sendo cogitada a invasão de algum prédio abandonado para realização de debates sobre o movimento antiglobalização no mundo.

Além disso, a FAG (Federação Anarquista Gaúcha) vai realizar, do dia 1º ao dia 5, uma série de palestras, as Jornadas Anarquistas.

"Pretendemos mostrar um projeto alternativo de socialismo libertário, em contraposição ao socialismo autoritário do PT", diz Luciana Souza, da FAG.

Segundo o coronel Wilson Pinto, comandante do policiamento de Porto Alegre, os ativistas e anarquistas estão sendo observados pelos órgãos de inteligência da polícia para "não sermos pegos de surpresa".

"Temos informações de que algumas coisas podem acontecer, mas torço para que não haja problemas. Como é um evento internacional, temos a preocupação de não cometer erros nem para menos, nem para mais. A polícia não é violenta por natureza, mas estamos preparados para reprimir qualquer anarquia que se tentar fazer", diz.
 

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