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29/01/2002 - 20h17

Ativistas prometem protestar contra fóruns de NY e Porto Alegre

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ALESSANDRA KORMANN
da Agência Folha

Ativistas antiglobalização, que fazem protestos simultâneos pelo mundo em encontros de entidades como o FMI e o Banco Mundial, pretendem realizar uma série de manifestações em Porto Alegre durante o Fórum Social Mundial.

A idéia é protestar contra o Fórum Econômico Mundial, que este ano se reúne em Nova York, e também se contrapor ao FSM, considerado "reformista" pelos manifestantes anticapitalistas.

"O FSM é reformista no econômico, tradicionalista no político e conformista no social. Essa esquerda oficial que organiza o encontro tenta capitalizar os movimentos antiglobalização que enfrentaram espetacularmente os poderosos do mundo em Seattle, Praga, Quebec e Gênova", diz Moésio Rebouças, um dos líderes do movimento antiglobalização no país, referindo-se ao apoio dos governos petistas do Rio Grande do Sul e da Prefeitura de Porto Alegre ao fórum.

Na quinta-feira, antes da marcha oficial do FSM, prevista para 16h30, ativistas pretendem fazer um ato pacífico, com direito a panelaço, bolas de futebol e bicicletas, ao som de um tango argentino.

"A idéia é fazer um evento criativo e pacífico. Se a polícia for sensata, não haverá problema. Por via das dúvidas, estamos levando escudos de borracha", diz Pablo Ortellado, da Ação Global dos Povos, que organiza o protesto.

Devem participar da manifestação ativistas da Espanha, Itália, Argentina. Dos Estados Unidos, devem vir integrantes do Black Bloc, grupo anarquista radical. Cogita-se a invasão de algum prédio abandonado para realização de debates sobre o movimento antiglobalização no mundo.

Além disso, a Federação Anarquista Gaúcha realizará, do dia 1º ao dia 5, uma série de palestras.

Órgãos de inteligência
Segundo o coronel Wilson Pinto, comandante do policiamento de Porto Alegre, os ativistas estão sendo observados pelos órgãos de inteligência da polícia para "não sermos pegos de surpresa". "A polícia não é violenta por natureza, mas estamos preparados para reprimir qualquer anarquia que se tentar fazer", diz.

Os métodos violentos dos grupos que se dizem anarquistas são condenados por líderes das ONGs que participam do fórum social. Para Susan George (Attac-França), organizações como o Black Bloc, são antidemocráticas.

"Queremos um mundo democrático, e nosso movimento é democrático. Na Itália, o encontro foi preparado durante meses por mais de 700 organizações, que trabalharam muito para chegar a um consenso. Isso foi desprezado pelo Black Bloc, que chegou no último momento com sua agenda individualista, desprezando os demais", afirma George.
 

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