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30/01/2002
-
20h05
da Agência Folha, em Porto Alegre
O juiz espanhol Baltasar Garzón, que ganhou notoriedade nos últimos anos por levar à detenção o ex-ditador chileno Augusto Pinochet, classificou hoje, em Porto Alegre, a liberdade de movimento dos capitais internacionais como uma "ameaça para as democracias", "uma espécie de câncer".
Garzón está em Porto Alegre para participar do Fórum de Autoridades Locais, que ocorre paralelamente ao Fórum Social Mundial.
De acordo com o juiz espanhol, o capital que entra sem controle em um país muitas vezes é lavado em financiamentos para partidos políticos. "O cidadão fica desconfiado em relação ao próprio sistema democrático. Trata-se de um panorama perigoso, que abre espaço para a repressão", disse ele.
"Impõe-se uma recuperação da ética política para terminar com a corrupção e com o crime organizado nos Estados."
Para conter a corrupção, a lavagem de dinheiro e o crime organizado, que colocam em risco as democracias, Garzón diz ser fundamental a independência do Judiciário e do Ministério Público e a ajuda internacional.
"Não deveria ser necessário um 11 de setembro (dia em que ocorreram os atentados contra os EUA, no ano passado) para haver cooperação entre os Estados", disse, com a concordância do deputado italiano Pietro Folena, que o acompanhava e defendeu a instituição de uma justiça global.
Prefeitos
Garzón disse, também, que, caso os prefeitos Celso Daniel (PT), de Santo André, e Antônio da Costa Santos, de Campinas, tenham sido assassinados por agentes do crime organizado, deve haver maior controle interno na polícia.
Garzón fez questão de dizer que não pode fazer um juízo a respeito dos dois casos, pois os acompanhou apenas pela imprensa na Espanha. Falou em tese, porém, sobre a possibilidade de haver uma organização por trás dos crimes.
Leia mais sobre fóruns de Porto Alegre e NY
Baltasar Garzón diz que mobilidade de capital ameaça democracia
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O juiz espanhol Baltasar Garzón, que ganhou notoriedade nos últimos anos por levar à detenção o ex-ditador chileno Augusto Pinochet, classificou hoje, em Porto Alegre, a liberdade de movimento dos capitais internacionais como uma "ameaça para as democracias", "uma espécie de câncer".
Garzón está em Porto Alegre para participar do Fórum de Autoridades Locais, que ocorre paralelamente ao Fórum Social Mundial.
De acordo com o juiz espanhol, o capital que entra sem controle em um país muitas vezes é lavado em financiamentos para partidos políticos. "O cidadão fica desconfiado em relação ao próprio sistema democrático. Trata-se de um panorama perigoso, que abre espaço para a repressão", disse ele.
"Impõe-se uma recuperação da ética política para terminar com a corrupção e com o crime organizado nos Estados."
Para conter a corrupção, a lavagem de dinheiro e o crime organizado, que colocam em risco as democracias, Garzón diz ser fundamental a independência do Judiciário e do Ministério Público e a ajuda internacional.
"Não deveria ser necessário um 11 de setembro (dia em que ocorreram os atentados contra os EUA, no ano passado) para haver cooperação entre os Estados", disse, com a concordância do deputado italiano Pietro Folena, que o acompanhava e defendeu a instituição de uma justiça global.
Prefeitos
Garzón disse, também, que, caso os prefeitos Celso Daniel (PT), de Santo André, e Antônio da Costa Santos, de Campinas, tenham sido assassinados por agentes do crime organizado, deve haver maior controle interno na polícia.
Garzón fez questão de dizer que não pode fazer um juízo a respeito dos dois casos, pois os acompanhou apenas pela imprensa na Espanha. Falou em tese, porém, sobre a possibilidade de haver uma organização por trás dos crimes.
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