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31/01/2002
-
07h55
PLÍNIO FRAGA
da Folha de S.Paulo, em Porto Alegre
Prefeitos de 18 cidades do mundo acertaram ontem um pacote de apoio emergencial a cidades argentinas atingidas pela crise econômica e política em que está mergulhado o país.
Foi um gesto simbólico do que classificaram como "globalização solidária", a principal bandeira do 2º Fórum Social Mundial (FSM), que será aberto oficialmente hoje.
Os "prefeitos progressistas", como se autodefiniram no anúncio da criação de uma rede mundial para enviar dinheiro e medicamentos a Buenos Aires e municípios da região metropolitana, adotaram um tom político.
"Vamos pressionar as indústrias para reduzir os preços dos medicamentos. Pretendo fazer isso com a Roche, na minha cidade. Vamos arrecadar doações", afirmou o prefeito de Genebra, Manuel Tornare.
Foi a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), que leu, em espanhol, as razões do apoio às cidades argentinas. "O modelo econômico que provocou endividamento, enormes desequilíbrios sociais, crescente desemprego e a pauperização das grandes camadas da população tem desembocado também na paralisação do sistema de saúde pública", afirma o documento assinado por prefeitos de Paris, Barcelona, Bruxelas, Perugia, Montevidéu e Porto Alegre, entre outras cidades.
São cidades que integram a Federação Mundial de Cidades Unidas, da qual Marta é vice-presidente para a América Latina.
A decisão de apoio foi tomada após os relatos dos prefeitos de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, e Rosário, Herme Binner, no último dia do 2º Fórum de Autoridades Locais pela Inclusão Social, evento paralelo ao FSM.
Buenos Aires gasta cerca de US$ 1 milhão com a rede de saúde pública, segundo Aníbal Ibarra. Os prefeitos brasileiros vão tentar obter doações de empresas fabricantes de remédios, a partir de uma lista em elaboração na Argentina. Os europeus farão o mesmo, mas devem usar dinheiro de seu próprio orçamento para ajudar a Argentina.
"Eu mal consegui colocar os remédios básicos nos postos municipais de saúde", justificou Marta Suplicy, ao afirmar que a Prefeitura de São Paulo não entraria com dinheiro próprio na ajuda.
Leia mais:fóruns de Porto Alegre e NY
Prefeitos criam rede mundial para enviar ajuda à Argentina
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da Folha de S.Paulo, em Porto Alegre
Prefeitos de 18 cidades do mundo acertaram ontem um pacote de apoio emergencial a cidades argentinas atingidas pela crise econômica e política em que está mergulhado o país.
Foi um gesto simbólico do que classificaram como "globalização solidária", a principal bandeira do 2º Fórum Social Mundial (FSM), que será aberto oficialmente hoje.
Os "prefeitos progressistas", como se autodefiniram no anúncio da criação de uma rede mundial para enviar dinheiro e medicamentos a Buenos Aires e municípios da região metropolitana, adotaram um tom político.
"Vamos pressionar as indústrias para reduzir os preços dos medicamentos. Pretendo fazer isso com a Roche, na minha cidade. Vamos arrecadar doações", afirmou o prefeito de Genebra, Manuel Tornare.
Foi a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), que leu, em espanhol, as razões do apoio às cidades argentinas. "O modelo econômico que provocou endividamento, enormes desequilíbrios sociais, crescente desemprego e a pauperização das grandes camadas da população tem desembocado também na paralisação do sistema de saúde pública", afirma o documento assinado por prefeitos de Paris, Barcelona, Bruxelas, Perugia, Montevidéu e Porto Alegre, entre outras cidades.
São cidades que integram a Federação Mundial de Cidades Unidas, da qual Marta é vice-presidente para a América Latina.
A decisão de apoio foi tomada após os relatos dos prefeitos de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, e Rosário, Herme Binner, no último dia do 2º Fórum de Autoridades Locais pela Inclusão Social, evento paralelo ao FSM.
Buenos Aires gasta cerca de US$ 1 milhão com a rede de saúde pública, segundo Aníbal Ibarra. Os prefeitos brasileiros vão tentar obter doações de empresas fabricantes de remédios, a partir de uma lista em elaboração na Argentina. Os europeus farão o mesmo, mas devem usar dinheiro de seu próprio orçamento para ajudar a Argentina.
"Eu mal consegui colocar os remédios básicos nos postos municipais de saúde", justificou Marta Suplicy, ao afirmar que a Prefeitura de São Paulo não entraria com dinheiro próprio na ajuda.
Leia mais:fóruns de Porto Alegre e NY
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