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01/02/2002
-
09h48
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Juan Samovía, 60, está promovendo contatos com governos em todo o mundo para resolver o problema do emprego informal, com a estratégia de formalizá-lo por meio da concessão de créditos.
Samovía chegou ontem a Porto Alegre, para participar do Fórum Social Mundial, e concedeu entrevista à Agência Folha.
As mais recentes pesquisas sobre emprego feitas no Brasil mostraram que houve queda na desocupação, mas tal fenômeno ocorreu muito em razão da ausência de procura, o que mostra o avanço da atividade informal no país.
"Temos que ver como transferir a informalidade para o mundo formal, e isso passa principalmente pelo tema da micro e da pequena empresa. A economia informal é uma coisa extraordinária. É uma enorme criatividade empresarial", disse ele.
"Quanto mais se capacite o mundo informal, mais será possível levá-lo a se aproximar do mundo formal. Temos feito contatos com governos -inclusive o brasileiro- e realizado pesquisas", afirmou Samovía.
Após participar do FSM, ele irá para Nova York, para falar sobre o mesmo tema -trabalho- no Fórum Econômico Mundial. Questionado se seu discurso seria bem recebido em ambos, ele disse que sim, por "propor o diálogo".
Diplomata chileno, Samovía é o primeiro diretor-geral da OIT procedente do hemisfério Sul desde a criação do órgão, em 1919.
Sobre reformas trabalhistas, Samovía disse não se opor, pois "o tema principal é como dar trabalho decente às pessoas". O importante, para ele, é não ver o trabalho "como mercadoria", mas como "fonte social, de dignidade, que afeta a estabilidade das famílias, a paz nas comunidades".
Samovía define os últimos anos como "a década perdida para o crescimento do emprego". Ele faz cinco sugestões aos governos: liberar as economias, abrindo as sociedades; adotar políticas de expansão que dêem prioridade à criação de empregos, e não a aspectos monetários; priorizar a produtividade e a qualificação educativa; reforçar as redes de segurança social; fomentar o diálogo social.
Leia mais:fóruns de Porto Alegre e NY
OIT busca solução para trabalho informal
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Juan Samovía, 60, está promovendo contatos com governos em todo o mundo para resolver o problema do emprego informal, com a estratégia de formalizá-lo por meio da concessão de créditos.
Samovía chegou ontem a Porto Alegre, para participar do Fórum Social Mundial, e concedeu entrevista à Agência Folha.
As mais recentes pesquisas sobre emprego feitas no Brasil mostraram que houve queda na desocupação, mas tal fenômeno ocorreu muito em razão da ausência de procura, o que mostra o avanço da atividade informal no país.
"Temos que ver como transferir a informalidade para o mundo formal, e isso passa principalmente pelo tema da micro e da pequena empresa. A economia informal é uma coisa extraordinária. É uma enorme criatividade empresarial", disse ele.
"Quanto mais se capacite o mundo informal, mais será possível levá-lo a se aproximar do mundo formal. Temos feito contatos com governos -inclusive o brasileiro- e realizado pesquisas", afirmou Samovía.
Após participar do FSM, ele irá para Nova York, para falar sobre o mesmo tema -trabalho- no Fórum Econômico Mundial. Questionado se seu discurso seria bem recebido em ambos, ele disse que sim, por "propor o diálogo".
Diplomata chileno, Samovía é o primeiro diretor-geral da OIT procedente do hemisfério Sul desde a criação do órgão, em 1919.
Sobre reformas trabalhistas, Samovía disse não se opor, pois "o tema principal é como dar trabalho decente às pessoas". O importante, para ele, é não ver o trabalho "como mercadoria", mas como "fonte social, de dignidade, que afeta a estabilidade das famílias, a paz nas comunidades".
Samovía define os últimos anos como "a década perdida para o crescimento do emprego". Ele faz cinco sugestões aos governos: liberar as economias, abrindo as sociedades; adotar políticas de expansão que dêem prioridade à criação de empregos, e não a aspectos monetários; priorizar a produtividade e a qualificação educativa; reforçar as redes de segurança social; fomentar o diálogo social.
Leia mais:fóruns de Porto Alegre e NY
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