Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/02/2002 - 07h40

Garotinho vê incoerência em Cesar Maia

Publicidade

ALCINO LEITE NETO
da Folha de S.Paulo, em Paris

O governador Anthony Garotinho (PSB-RJ) afirmou, em Paris, que o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), é o exemplo acabado de incoerência política. "Se há alguém que não pode falar em termos de organicidade partidária, é ele", afirmou.


Ana Fernandes/
Folha Imagem
O governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho
"Cesar Maia era do PDT e foi para o PMDB, onde proferiu a célebre frase: "Orestes Quércia é o símbolo do estadista brasileiro". Depois, foi para o PTB. Saiu e entrou para o PFL, quando disse que ACM [o ex-senador pefelista Antonio Carlos Magalhães] era a síntese do homem público brasileiro. Eu tenho coerência política, sempre estive do lado da esquerda", afirmou Garotinho.

O governador do Rio respondia à afirmação de Cesar Maia de que Benedita da Silva (PT), ao contrário de Garotinho, representa "um setor político orgânico, e não um populismo de ocasião". Benedita, vice-governadora, assumirá o governo do Rio de Janeiro quando Garotinho renunciar para se candidatar à Presidência.

Cesar Maia também comparou o governador ao presidente venezuelano, Hugo Chávez. "Não vou responder à comparação que ele fez. De que adiantaria dizer que Cesar Maia é o Augusto Pinochet [ex-ditador chileno] do Rio?", provocou o governador.

"Não sou um populista. O governo FHC é que faz populismo monetário-fiscal com suas altas taxas de juros", disse.

Rosinha
Garotinho não conseguiu convencer sua mulher, Rosinha Matheus, a aceitar, ainda na Europa, a pré-candidatura a governadora do Rio. No início da viagem à França, ele havia afirmado que esperava que "dona Rosinha saísse candidata de Paris".

"Não consegui convencê-la", disse o governador. "Ela prefere chegar ao Brasil e conversar com o partido antes. Derrota política em casa é coisa boa. Ela está pensando na família. Mas ela é também imprevisível. Pode dar uma reviravolta", completou.

Garotinho está na Europa para fechar acordos técnicos de cooperação e para convencer os socialistas europeus a incluir o PSB na Internacional Socialista (IS), organização mundial que reúne partidos com esta tendência política. Ele também viaja em busca de apoio à sua pré-candidatura, embora negue.

Ontem, teve um encontro com um assessor do primeiro-ministro socialista Lionel Jospin, que não constava da agenda divulgada à imprensa. "É uma reunião com um encarregado do Ministério das Relações Exteriores, apenas para tratar de assuntos comerciais", afirmou Garotinho. O governador viaja hoje para Portugal e, na sexta, para a Espanha.


Leia mais no especial Eleições 2002
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade