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15/02/2002
-
17h25
da Agência Folha
O PT gaúcho formalizou nesta sexta-feira sua divisão interna, com as inscrições para as prévias pela disputa estadual do governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, e do prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro. A oficialização das pré-candidaturas era um fato político temido pela cúpula do partido, que tenta a unidade para a eleição.
Ainda na tentativa de contornar o racha interno, a executiva regional manteve ''reunião permanente'' de dois dias, que acabou às 12h. Nesse horário, Tarso registrou sua candidatura. No final da tarde, Olívio fez o mesmo.
''É importante que a nossa candidatura também seja considerada legítima, assim como a do companheiro Olívio. Consenso não é o mesmo que adesão'', disse o prefeito, que ainda cogita a possibilidade de acordo.
A idéia da Executiva Regional é promover a unidade em torno de um nome e evitar as prévias. A Executiva Nacional pressiona Tarso para desistir.
Oficialmente, a versão é de que a cúpula nacional quer ver Tarso cumprindo todo o mandato na prefeitura. Há, porém, quem diga haver uma preocupação com o eventual crescimento do prefeito se ele ganhar as eleições para o governo do Estado. Seria uma credencial para ser o candidato à Presidência em 2006, o que desagradaria as lideranças paulistas que pleiteiam o mesmo.
O PT gaúcho já enfrenta várias cisões. Uma delas ocorre entre as correntes que apóiam Tarso ou Olívio e a própria executiva, que tenta a unidade.
Outra se limita ao interior das tendências. Exemplo: a Democracia Socialista, majoritária no governo, tem os que apóiam Olívio e os que ficaram ressentidos com os contatos feitos pelo governador com as correntes adversárias.
O PT Amplo se divide entre quem quer a inscrição de Tarso na prévia e quem aceita um acordo. A Articulação de Esquerda rachou de vez: deverá ser confirmada a dissidência ''Pólo de Esquerda'', que apóia o prefeito.
A crise interna do PT gaúcho respingou até mesmo no MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que tem um deputado estadual pelo partido, Dionilso Marcon. ''Olivista'', Marcon deve tentar a reeleição. Há, porém, quem defenda a candidatura de outro candidato, alinhado a Tarso.
Uma demonstração da pressão pela qual Tarso e Olívio passam para manter suas candidaturas foi dada hoje por 20 pessoas que apóiam o prefeito: uma vigília se estendeu por toda a madrugada em frente à sede regional do PT.
Por enquanto, os defensores das candidaturas a qualquer custo estão vencendo os partidários da unidade. Com as duas inscrições oficializadas, as campanhas se iniciam. Para o fim de semana, já há programações agendadas.
Leia mais:
PT gaúcho não chega a acordo e Olívio e Tarso disputam prévia
Olívio e Genro disputam prévia e acirram divisão interna do PT gaúcho
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O PT gaúcho formalizou nesta sexta-feira sua divisão interna, com as inscrições para as prévias pela disputa estadual do governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, e do prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro. A oficialização das pré-candidaturas era um fato político temido pela cúpula do partido, que tenta a unidade para a eleição.
Ainda na tentativa de contornar o racha interno, a executiva regional manteve ''reunião permanente'' de dois dias, que acabou às 12h. Nesse horário, Tarso registrou sua candidatura. No final da tarde, Olívio fez o mesmo.
''É importante que a nossa candidatura também seja considerada legítima, assim como a do companheiro Olívio. Consenso não é o mesmo que adesão'', disse o prefeito, que ainda cogita a possibilidade de acordo.
A idéia da Executiva Regional é promover a unidade em torno de um nome e evitar as prévias. A Executiva Nacional pressiona Tarso para desistir.
Oficialmente, a versão é de que a cúpula nacional quer ver Tarso cumprindo todo o mandato na prefeitura. Há, porém, quem diga haver uma preocupação com o eventual crescimento do prefeito se ele ganhar as eleições para o governo do Estado. Seria uma credencial para ser o candidato à Presidência em 2006, o que desagradaria as lideranças paulistas que pleiteiam o mesmo.
O PT gaúcho já enfrenta várias cisões. Uma delas ocorre entre as correntes que apóiam Tarso ou Olívio e a própria executiva, que tenta a unidade.
Outra se limita ao interior das tendências. Exemplo: a Democracia Socialista, majoritária no governo, tem os que apóiam Olívio e os que ficaram ressentidos com os contatos feitos pelo governador com as correntes adversárias.
O PT Amplo se divide entre quem quer a inscrição de Tarso na prévia e quem aceita um acordo. A Articulação de Esquerda rachou de vez: deverá ser confirmada a dissidência ''Pólo de Esquerda'', que apóia o prefeito.
A crise interna do PT gaúcho respingou até mesmo no MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que tem um deputado estadual pelo partido, Dionilso Marcon. ''Olivista'', Marcon deve tentar a reeleição. Há, porém, quem defenda a candidatura de outro candidato, alinhado a Tarso.
Uma demonstração da pressão pela qual Tarso e Olívio passam para manter suas candidaturas foi dada hoje por 20 pessoas que apóiam o prefeito: uma vigília se estendeu por toda a madrugada em frente à sede regional do PT.
Por enquanto, os defensores das candidaturas a qualquer custo estão vencendo os partidários da unidade. Com as duas inscrições oficializadas, as campanhas se iniciam. Para o fim de semana, já há programações agendadas.
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