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16/02/2002 - 07h08

Serra ataca "populismo de esquerda"

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FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Folha de S.Paulo, no Rio

O ministro José Serra (Saúde), pré-candidato do PSDB à Presidência da República, disse ontem no Rio que dois riscos ameaçam o futuro do Brasil: o do populismo esquerdista e o da inépcia.

"O Brasil tem muito boas chances no seu futuro, tem condição de ter uma nova década espetacular. Agora, também isso pode ser perdido. O risco não é apenas o populismo esquerdista mas também a inépcia, a incompetência", afirmou, sem dizer quais candidatos representariam esses riscos.

Fazendo uma comparação com a Argentina, Serra disse que o país vizinho descarrilou pela inépcia de um governo que não sabia trabalhar. "O Brasil tem um rumo, muita coisa precisa ser melhorada. É importante que não saia desse rumo", afirmou.

Serra assinou convênios com o prefeito Cesar Maia (PFL) para construção de maternidades e distribuição de bolsa-alimentação para famílias carentes. O clima era de constrangimento, por causa das declarações de Maia de que a candidatura de Serra não teria fôlego e de que ele deveria desistir em favor de Roseana Sarney (PFL). Maia disse que os tucanos não precisavam ficar nervosos. "É uma previsão, vai ver estou errado. E quando eles dão opinião de que a Roseana vai desistir? Ninguém fica nervoso", afirmou.

Quando Serra desceu do helicóptero, os dois trocaram um abraço rápido. Nos discursos, porém, houve troca de elogios entre os dois. Como se respondesse às previsões de Maia sobre sua candidatura, Serra disse que "às vezes é preciso ter uma espécie de estrabismo saudável: um olho agora, o outro mais adiante". Na saída, respondeu ao prefeito. "A Cesar o que é de Cesar, a Serra o que é de Serra. A Cesar, o direito de falar o que achar. A Serra, o direito de comentar o que quiser. Não entro nesse tipo de discussão, se fulano decola ou não decola." Para ele, há chance de aliança com PFL e PMDB no primeiro turno.

Serra alfinetou o PT com um elogio ao deputado federal petista Eduardo Jorge, secretário de Saúde do município de São Paulo e um defensor dos genéricos: "Se todos os petistas fossem iguais a ele, o Brasil seria diferente".

O corregedor eleitoral do Paraná, desembargador Gil Trotta Telles, proibiu ontem o PSDB estadual de manter a veiculação da propaganda de Serra nas emissoras de rádio e TV do Estado.

Telles concedeu liminar a uma representação do PMDB estadual.
 

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