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17/02/2002
-
19h31
da Agência Folha, em Belém
Após deixar a prisão em Palmas (TO), onde ficou por quase sete horas detido, o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), 57, procurou transformar o episódio em ganho político para sua eventual candidatura ao governo do Pará ou ao Senado. Em todas as entrevistas concedidas, Jader disse ser vítima de violência política.
"Houve um tempo neste país em que a violência política era feita pela ditadura militar. Lamentavelmente, sofri uma violência política, em plena democracia, patrocinada pela Justiça Federal do Tocantins e, graças a Deus, reparada pelo tribunal regional. Na época da ditadura, essas coisas se justificavam. Na democracia, não se admite que isso ocorra", disse.
Jader e mais cinco acusados de fraudar a extinta Sudam foram presos ontem, por determinação da Justiça Federal do Tocantins, e transferidos para Palmas, onde ficaram detidos na Superintendência da PF.
À noite, o ex-senador, o ex-superintendente da Sudam José Arthur Guedes Tourinho e Maria Auxiliadora Barra Martins, contadora do ranário da mulher de Jader, foram soltos após conseguirem liminar no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Os outros três presos -os empresários Laudelino Délio Fernandes, José Soares Sobrinho, acusados de serem donos de projetos fraudados, e Regivaldo Pereira Galvão, acusado de emprestar dinheiro a juros exorbitantes- obtiveram liminar hoje.
Fernandes deixou o presídio de Palmas na madrugada de hoje. Soares Sobrinho só saiu à tarde, e Galvão ainda espera ser libertado.
O juiz Alderico Rocha Santos, da 2ª Vara Federal do Tocantins, havia determinado a prisão preventiva de 11 pessoas no total. Somente Geraldo Pinto da Silva não havia entrado com habeas corpus no TRF até o início da noite de hoje.
Na madrugada de hoje, pelo menos 200 cabos eleitorais, políticos e simpatizantes receberam Jader no aeroporto de Belém. Ele chegou em jato fretado e acompanhado de José Arthur Tourinho.
"Esta foi mais uma violência em todo o processo, desde que fui eleito presidente do Senado. Uma violência política feita por setores do Judiciário. Foi uma palhaçada", disse Jader. Questionado sobre como se sentiu algemado, o ex-senador disse: 'Não estou preocupado com isso".
Poucas horas depois de ser preso ontem, uma propaganda do PMDB paraense foi ao ar na TV RBA, retransmissora da Bandeirantes e de propriedade da família Barbalho. O comercial é veiculado praticamente a cada intervalo na programação e diz que Jader foi vítima de 'mais uma campanha de difamação".
Jader tenta "faturar" com prisão e se diz vítima em propaganda no Pará
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Após deixar a prisão em Palmas (TO), onde ficou por quase sete horas detido, o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), 57, procurou transformar o episódio em ganho político para sua eventual candidatura ao governo do Pará ou ao Senado. Em todas as entrevistas concedidas, Jader disse ser vítima de violência política.
"Houve um tempo neste país em que a violência política era feita pela ditadura militar. Lamentavelmente, sofri uma violência política, em plena democracia, patrocinada pela Justiça Federal do Tocantins e, graças a Deus, reparada pelo tribunal regional. Na época da ditadura, essas coisas se justificavam. Na democracia, não se admite que isso ocorra", disse.
Jader e mais cinco acusados de fraudar a extinta Sudam foram presos ontem, por determinação da Justiça Federal do Tocantins, e transferidos para Palmas, onde ficaram detidos na Superintendência da PF.
À noite, o ex-senador, o ex-superintendente da Sudam José Arthur Guedes Tourinho e Maria Auxiliadora Barra Martins, contadora do ranário da mulher de Jader, foram soltos após conseguirem liminar no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Os outros três presos -os empresários Laudelino Délio Fernandes, José Soares Sobrinho, acusados de serem donos de projetos fraudados, e Regivaldo Pereira Galvão, acusado de emprestar dinheiro a juros exorbitantes- obtiveram liminar hoje.
Fernandes deixou o presídio de Palmas na madrugada de hoje. Soares Sobrinho só saiu à tarde, e Galvão ainda espera ser libertado.
O juiz Alderico Rocha Santos, da 2ª Vara Federal do Tocantins, havia determinado a prisão preventiva de 11 pessoas no total. Somente Geraldo Pinto da Silva não havia entrado com habeas corpus no TRF até o início da noite de hoje.
Na madrugada de hoje, pelo menos 200 cabos eleitorais, políticos e simpatizantes receberam Jader no aeroporto de Belém. Ele chegou em jato fretado e acompanhado de José Arthur Tourinho.
"Esta foi mais uma violência em todo o processo, desde que fui eleito presidente do Senado. Uma violência política feita por setores do Judiciário. Foi uma palhaçada", disse Jader. Questionado sobre como se sentiu algemado, o ex-senador disse: 'Não estou preocupado com isso".
Poucas horas depois de ser preso ontem, uma propaganda do PMDB paraense foi ao ar na TV RBA, retransmissora da Bandeirantes e de propriedade da família Barbalho. O comercial é veiculado praticamente a cada intervalo na programação e diz que Jader foi vítima de 'mais uma campanha de difamação".
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