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22/02/2002
-
15h31
da Folha Online
A história política do Paraguai é cercada de instabilidade, sendo frequentes as tentativas de golpe militar.
Veja abaixo uma cronologia do poder no Paraguai, a partir da década de 50:
1954
O general Alfredo Stroessner lidera um golpe de Estado e toma o poder no país. Controlando um sistema com apenas dois partidos, se reelege sete vezes, a última em fevereiro de 1988
1989
Stroessner é derrubado pelo general Andréz Rodriguez, comandante do 1º Corpo do Exército. Rodriguez convoca eleições e é eleito presidente em maio do mesmo ano
1993
Em maio, Juan Carlos Wasmosy, do Partido Colorado, é eleito presidente, com apoio dos militares
1996
Wasmosy passa para a reserva oito militares de alta patente. O general Lino Oviedo reage e tenta dar um golpe de Estado. O presidente se refugia na embaixada dos Estados Unidos. Um acordo entre os partidos sustenta Wasmosy
1997
Lino Oviedo vence as prévias do Partido Colorado, tornando-se candidato à Presidência
1998
Oviedo é condenado a dez anos de prisão por tentativa de golpe em 96, e sua candidatura é repugnada. Seu vice, Raúl Cubas Grau, o substitui, vence as eleições e concede perdão a Oviedo
1999
Em março de 99, o vice-presidente paraguaio, Luis Maria Argaña, é morto. O então presidente, Raúl Cubas, e seu padrinho político, o general Oviedo, acusados de cumplicidade, deixam o país. Luis González Macchi, presidente do Senado, assume a Presidência. A Justiça paraguaia ordena a prisão de Oviedo, que se asila na Argentina
2000
Depois de deixar a Argentina, em dezembro, Oviedo dá entrevistas dizendo estar em território Paraguaio. Em maio, uma tentativa de golpe contra González Macchi é frustrada e o governo acusa Oviedo de ter planejado a ação.
O ex-general é preso pela Polícia Federal brasileira em 11 de junho, em Foz do Iguaçu (PR). Ele fica em Brasília aguardando julgamento de pedido de extradição para o Paraguai
2001
José Gregori, então ministro da Justiça brasileiro, nega reconhecimento a Oviedo como refugiado político no país. O pedido de extradição da Justiça paraguaia é negado pelo STF (Superior Tribunal Federal) e Oviedo pode permanecer no Brasil. Seu advogado e assessor, Carlos Galeano, no entanto, informa que ele deixou a cidade de Brasília
Leia mais:
Presidente paraguaio volta ao país após asilo de 3 anos no Brasil
Saiba mais sobre o ex-presidente do Paraguai Raúl Cubas
Veja a cronologia do poder no Paraguai
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A história política do Paraguai é cercada de instabilidade, sendo frequentes as tentativas de golpe militar.
Veja abaixo uma cronologia do poder no Paraguai, a partir da década de 50:
1954
O general Alfredo Stroessner lidera um golpe de Estado e toma o poder no país. Controlando um sistema com apenas dois partidos, se reelege sete vezes, a última em fevereiro de 1988
1989
Stroessner é derrubado pelo general Andréz Rodriguez, comandante do 1º Corpo do Exército. Rodriguez convoca eleições e é eleito presidente em maio do mesmo ano
1993
Em maio, Juan Carlos Wasmosy, do Partido Colorado, é eleito presidente, com apoio dos militares
1996
Wasmosy passa para a reserva oito militares de alta patente. O general Lino Oviedo reage e tenta dar um golpe de Estado. O presidente se refugia na embaixada dos Estados Unidos. Um acordo entre os partidos sustenta Wasmosy
1997
Lino Oviedo vence as prévias do Partido Colorado, tornando-se candidato à Presidência
1998
Oviedo é condenado a dez anos de prisão por tentativa de golpe em 96, e sua candidatura é repugnada. Seu vice, Raúl Cubas Grau, o substitui, vence as eleições e concede perdão a Oviedo
1999
Em março de 99, o vice-presidente paraguaio, Luis Maria Argaña, é morto. O então presidente, Raúl Cubas, e seu padrinho político, o general Oviedo, acusados de cumplicidade, deixam o país. Luis González Macchi, presidente do Senado, assume a Presidência. A Justiça paraguaia ordena a prisão de Oviedo, que se asila na Argentina
2000
Depois de deixar a Argentina, em dezembro, Oviedo dá entrevistas dizendo estar em território Paraguaio. Em maio, uma tentativa de golpe contra González Macchi é frustrada e o governo acusa Oviedo de ter planejado a ação.
O ex-general é preso pela Polícia Federal brasileira em 11 de junho, em Foz do Iguaçu (PR). Ele fica em Brasília aguardando julgamento de pedido de extradição para o Paraguai
2001
José Gregori, então ministro da Justiça brasileiro, nega reconhecimento a Oviedo como refugiado político no país. O pedido de extradição da Justiça paraguaia é negado pelo STF (Superior Tribunal Federal) e Oviedo pode permanecer no Brasil. Seu advogado e assessor, Carlos Galeano, no entanto, informa que ele deixou a cidade de Brasília
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